Pela primeira vez, em 160 anos, uma mulher ocupará o cargo de directora do “The New York Times”. Jill Abramson, de 57 anos, será a nova directora do jornal norte-americano, substituindo Bill Keller, a desempenhar o cargo há oito anos. Keller passará a escrever a tempo inteiro para a publicação.

 A nomeação de Abramson, desde 2003 directora-executiva, foi anunciada nesta quinta-feira por Arthur Sulzberger Jr, o presidente da empresa, que diz ter aceitado a demissão de Keller com “sentimentos mistos”. Referindo que a decisão de se demitir foi inteiramente de Bill Keller, Sulzberger relembrou que Keller foi um “excelente” parceiro “nos últimos oito anos” e que “cresceram juntos”.

Descrita como “escolha perfeita”

 Sobre Jill Abramson, Sulzberger sublinhou que é “sem dúvida, a melhor pessoa para substituir Keller como directora” e uma “escolha perfeita” para liderar a nova fase do jornal, dedicado a um “jornalismo de excelência”. Abramson vai substituí-lo com a missão de aumentar a circulação digital paga do diário nova-iorquino.

 A recém-nomeada, nascida e criada em Nova Iorque, compara a nomeação a “chegar ao paraíso” e conta que em sua casa o “Times” substituía a religião. “Se o 'Times' o dizia, era absolutamente verdade”, acrescenta.

 Sobre o facto de ser a primeira mulher a ocupar o cargo de directora em 160 anos de história do jornal, Abramson declarou ser “significativo para si” e disse ainda que “não poderia ficar mais orgulhosa” pelo facto de suceder a alguém como Bill Keller.