Núcleo Ocidental do PSD exige explicações a Luís Osório

Deputado municipal do PSD foi convidado por Rui Moreira para administrador não executivo da Casa da Música. No partido há quem não lhe reconheça “competência nem currículo para o lugar.

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PSD teme "arranjinho" de Moreira com deputado municipal Adriano Miranda

Há uma indicação recente que está a dar que falar no Porto. E vai continuar. Trata-se da escolha de Luís Osório, deputado municipal do PSD, para a Casa da Música. Por uma questão de “transparência política”, os militantes do Núcleo Ocidental do Porto (NOP) do PSD estão a mobilizar-se para que seja convocado um plenário extraordinário para ouvirem as razões que levaram o presidente do núcleo, Luís Osório, a aceitar o convite do presidente da Câmara do Porto para administrador não executivo da Casa da Música.

“O que aconteceu foi uma traição nas costas de toda a gente”, afirma Miguel Braga, militante do NOP. "Foi grave, até porque o convite para administrador não executivo da Casa da Música não decorre dos méritos curriculares de Luís Osório e, por isso, é bom que haja algum debate em que os militantes possam ser esclarecidos”, sustenta Miguel Braga.

Ao PÚBLICO, o militante do Núcleo Ocidental do Porto do PSD diz que é preciso uma explicação "até pela coincidência de o convite ter acontecido depois de o nome de Luís Osório ter sido chumbado para o Conselho de Comunidades do Agrupamento de Centros de Saúde Ocidental do Porto pelo movimento independente do próprio Rui Moreira”.

“Sobre este convite não há um critério muito claro e é normal que os militantes queiram saber o que se passou. Dentro do PSD, arranjaria 999 militantes para ocupar o lugar, não só pelo facto de terem melhor currículo, de serem mais capazes do ponto de vista da gestão e de terem mais sensibilidade para a cultura”, atira o militante do PSD.

José Pedro Fonseca, também do NOP, insiste na “urgência” em esclarecer o que está por detrás desta indicação que foi conhecida antes do fim-de-semana. “Luís Osório não tem perfil para o cargo, nem experiência e não lhe conheço qualquer tipo de actividade cultural. É uma compensação que parece mesmo um arranjinho”, conclui Fonseca.

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