Barry Sherman, o fundador do grupo farmacêutico canadiano Apotex, e a sua mulher, Honey Sherman, foram encontrados mortos na noite de sexta-feira na sua casa em Toronto, em circunstâncias que a polícia classificou de “suspeitas”. Neste domingo, as autoridades revelaram que o casal foi morto por estrangulamento, relata a Reuters.

Num primeiro momento, a polícia considerou que não havia sinais de entrada forçada na habitação e tratou o caso como algo “suspeito”. Uma das teses apontava para homicídio seguido de suicídio, de acordo com a imprensa canadiana, uma opção afastada pela família das vítimas em comunicado.

Apesar dos novos detalhes sobre as circunstâncias das mortes, a porta-voz da polícia de Toronto, Michelle Flannery, afirmou que tal não significa que o caso esteja a ser tratado como homicídio. Para já as autoridades não fizeram quaisquer detenções nem estão à procura de nenhum suspeito.

“Estamos chocados e consideramos que é irresponsável que as fontes policiais tenham passado à comunicação social uma teoria que a família, amigos e colegas não acreditam ser verdade”, lê-se no comunicado assinado pelos familiares das vítimas. “Pedimos à polícia de Toronto que conduza uma investigação criminal intensa e objectiva”, acrescenta o documento.

Barry Sherman, de 75 anos, e a sua mulher, de 70 anos, eram conhecidos pelos seus volumosos apoios financeiros a causas sociais, nomeadamente a hospitais e a organizações judaicas. A morte do casal causou bastante consternação nos meios políticos canadianos.

O mayor de Toronto afirmou estar “chocado”. “A polícia de Toronto está a investigar e espero que essa investigação possa dar respostas a todos nós que estamos de luto por esta perda tremenda”, disse. Também o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, se declarou “entristecido” pela notícia da morte do casal.