Operação Fizz: procurador Orlando Figueira passou a ter advogada oficiosa

Em causa nesta operação estão alegados pagamentos de Manuel Vicente, num valor estimado de 760 mil euros, ao então magistrado do Departamento Central de Investigação e Acção Penal.

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O ex-vice-presidente angolano Manuel Vicente é acusado de ter corrompido Orlando Figueira REUTERS/Carlo Allegri

A ordem dos Advogados nomeou Carla Marinho como advogada oficiosa de defesa do ex-procurador do Ministério Público Orlando Figueira no julgamento do processo Operação Fizz, no qual é indiciado por corrupção e branqueamento de capitais.

Num ofício da Ordem dos Advogados do mês passado, Carla Marinho, com escritório em Paço de Arcos, é indicada como defensora oficiosa do antigo magistrado, que é acusado de ter arquivado um inquérito à aquisição de um apartamento de luxo no Estoril pelo ex-vice-presidente angolano Manuel Vicente em troca de um emprego fora da magistratura e de dinheiro.

Na Operação Fizz estão em causa alegados pagamentos de Manuel Vicente num valor estimado de 760 mil euros ao então magistrado do Departamento Central de Investigação e Acção Penal.

A juíza de instrução confirmou os crimes constantes na acusação e decidiu mandar para julgamento tanto Orlando Figueira como Manuel Vicente, por corrupção, branqueamento de capitais, falsificação de documento e violação de segredo de justiça.

No início do Novembro os advogados que representavam Orlando Figueira, da sociedade Cuatrecasas, renunciaram à sua defesa, sem explicarem porquê. Só as pessoas com reduzidos recursos financeiros podem requerer advogados oficiosos. 

O início do julgamento está marcado para 22 de Janeiro, no Tribunal Judicial de Lisboa.

 

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