Quatro homens, um deles militar da GNR, em prisão preventiva por tráfico de droga

Os detidos usufruiam da experiência de investigação criminal do militar da GNR para evitar e iludir a obtenção de provas.

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Margarida Basto

Quatro homens, incluindo um militar da Guarda Nacional Republicana (GNR), detidos por suspeita de tráfico de droga nos concelhos de Sintra e de Mafra, ficaram em prisão preventiva, anunciou nesta terça-feira a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).

Uma nota publicada na página da internet da PGDL explica que os arguidos, com idades entre 28 e 39 anos, "em comunhão de esforços, dedicaram-se ao tráfico de estupefacientes (cocaína e metilenodioximetanfetamina/MDMA), que distribuíam de forma directa a consumidores e vendedores a retalho", entre Março de 2016 e Outubro deste ano.

Os detidos vendiam a droga nas zonas de Mem Martins, Sintra, Assafora, Ericeira, Mafra, Praia das Maçãs e Azenhas do Mar, "usufruindo da experiência de investigação criminal do militar da GNR para evitar e iludir a obtenção de prova".

"Os arguidos ficaram em prisão preventiva por se verificarem os perigos de perturbação da ordem e tranquilidade públicas, de continuação da actividade criminosa e de perturbação do inquérito na vertente da aquisição e conservação da prova", diz a PGDL.

Duas mulheres, também detidas no âmbito desta investigação, ficaram em liberdade com a medida de coacção de Termo de Identidade e Residência.

Durante a operação intitulada Villa foram realizadas três buscas domiciliárias, cinco buscas não domiciliárias e 12 buscas em veículos, nas zonas de Sintra e de Mafra, durante as quais foram apreendidas 411 doses de cocaína, 8050 euros em dinheiro, três veículos automóveis, duas armas de air soft e material de acondicionamento, corte e pesagem da droga.

A investigação prossegue sob a direcção do Ministério Público da 4.ª secção do Departamento de Investigação e Acção Penal de Sintra da Comarca de Lisboa Oeste, com a coadjuvação da GNR - Secção de Investigação Criminal do Grupo de Intervenção de Operações Especiais da Unidade de Intervenção - Lisboa. O inquérito encontra-se em segredo de justiça.

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