Cerca de um terço dos detidos deste ano ficaram em prisão preventiva
As detenções aumentaram 52% em relação a 2016. Foram 140 pessoas suspeitas de terem incendiado florestas.
A Polícia Judiciária e a GNR detiveram este ano 140 pessoas pelo crime de incêndio florestal, tendo ficado em prisão preventiva cerca de um terço dos detidos, segundo dados divulgados à Lusa por aquelas duas polícias.
As detenções aumentaram 52% em relação a 2016. Até 25 de Setembro, 95 pessoas foram detidas pelo crime de incêndio florestal, 48 das quais ficaram com a medida de coacção de prisão preventiva.
No mesmo período de 2016, a PJ tinha detido 77 pessoas (menos 18 do que este ano), tendo ficado em prisão preventiva 32 dos arguidos. Segundo a PJ, as detenções tiveram maior incidência nas zonas Norte e Centro.
Já Guarda Nacional Republicana deteve, até 25 de Setembro, 45 pessoas, tendo ficado em prisão preventiva quatro, enquanto, no mesmo período de 2016, tinham sido detidas 15.
A GNR indica que Guarda, Leiria, Porto e Setúbal foram os distritos com maior número de detenções pelo crime de incêndio florestal.
Esta força de segurança levantou este ano 2147 autos de contraordenação relacionados com a prevenção e protecção das florestas contra incêndios, significando um aumento de 45% em relação ao mesmo período de 2016, quando se registaram 1477.
Guarda (465) e Viseu (283) lideram os distritos com mais autos levantados este ano pela GNR por incumprimento de regras impostas pela lei de defesa da floresta, indicam os dados da GNR enviados à Lusa.
Segundo a corporação, a maior parte das multas está relacionada com a falta de limpeza dos terrenos (1.392), queima de sobrantes (354) e queimadas (265), seguido da maquinaria e equipamentos (95). Desde 2014 que a GNR é a entidade que fiscaliza a limpeza dos terrenos florestais.
A época mais crítica em incêndios florestais termina no sábado com um balanço de 64 pessoas mortas em Pedrógão Grande e mais de 230 mil hectares ardidos, a maior área da última década e a terceira desde que há registos.