Forte sismo na China. Governo admite mais de cem mortes

O sismo poderá ainda ter causado milhares de feridos e afectado cerca de 130 mil habitações, numa análise preliminar feita pelo Governo.

Foto
Árvores caídas depois do sismo bloquearam vias de acesso na prefeitura de Ngawa Reuters/CHINA STRINGER NETWORK

Um sismo de magnitude 6,5 na escala de Richter afectou o Sudoeste da China nesta terça-feira. O Governo admite que possa haver uma centena de mortos e milhares de feridos — e muitas habitações danificadas — resultantes do sismo que aconteceu na região montanhosa na fronteira entre as províncias de Sichuan e Gansu. A televisão estatal chinesa confirmou a morte de sete pessoas (referindo ainda que 88 ficaram feridas, 21 das quais em estado grave) mas a Comissão Nacional Chinesa de Gestão de Desastres, citada pela AFP, adianta que poderão ter morrido 100 pessoas.

Num comunicado divulgado online, a comissão nacional responsável pela gestão de catástrofes informou que cerca de 130 mil casas terão ficado danificadas, tendo aí sida admitida a possibilidade de existir pelo menos uma centena de mortos e milhares de feridos. O comunicado foi elaborado com base numa análise preliminar do sismo. Os serviços chineses geológicos indicaram que o sismo ocorreu às 21h20 locais (14h20 em Lisboa) perto de Jiuzhaigou, um parque natural que atrai turistas por ser conhecido pelas quedas de água e pelas formações rochosas – onde só nesta terça-feira estiveram 38 mil visitantes. 

O epicentro do sismo – o ponto da superfície terrestre em que se regista maior intensidade – está localizado na prefeitura de Ngawa, segundo o departamento de gestão sísmico de Sichuan, citado pela Reuters. 

O governo da região de Sichuan adiantou ainda que 100 turistas ficaram presos num deslizamento de terras resultante do sismo, não havendo ainda registo de mortes ou feridos. O porta-voz regional, Chen Weide, referiu que não se sabe o que aconteceu aos turistas: se ficaram soterrados ou se estão a ser impedidos de circular devido a uma estrada que tenha ficado bloqueada. 

A Xinhua, agência de notícias oficial, refere que cerca de 500 pessoas foram retiradas em segurança do interior de um hotel cuja recepção colapsou, havendo quem ficasse preso dentro do edifício. 

Sugerir correcção
Comentar