Confederação do Ioga defende Movimento Público Nacional para Defesa da Floresta

Jorge Veiga de Castro sugere um Plano Total de acção que possa ser executado por um Alto Comissário para a Defesa da Floresta. Esta quarta feira assinala-se o Dia Internacional do Ioga

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Jorge Veiga de Castro, presidente da Confederação Portuguesa do Ioga Nuno Ferreira Santos

O presidente da Confederação Portuguesa do Ioga, Jorge Veiga e Castro, escolheu o Dia Internacional do Ioga, que é assinalado esta quarta feira, sob o tema Sustentabilidade e paz mundial, para começar a sensibilizar  a opinião pública  para a necessidade de criar um Movimento Público Nacional para Defesa da Floresta. A decisão havia sido tomada muito antes dos incêndios trágicos que estão a lavrar na zona centro do país – os acontecimentos de Pedrógão Grande só tornam a necessidade de agir ainda mais premente.

“Trata-se um problema nacional. É necessária a criação de uma vontade pública, de um movimento publico nacional que defenda a floresta dos incêndios”, afirmou Jorge Veiga de Castro. As declarações foram feitas semanas antes desta efeméride, na altura em que deu a conhecer ao PÚBLICO um “Plano Total de Acção” que se foca não apenas na prevenção e no combate, mas também, e sobretudo, na identificação do problema e no reconhecimento da extrema importância do assunto. É aqui que, sublinha, é preciso começar a trilhar caminho, "promovendo uma verdadeira educação para o problema, começando nas escolas", "continuando no púlpito das igrejas" e envolvendo toda a gente de forma a que “sempre que se acender um fósforo, esteja alguém ao lado, atento, disponível para o apagar”.  “A formação nas escolas em Educação Ambiental e Florestal deve ser uma prioridade”, argumenta.

Uma das primeiras medidas que defende neste Plano de Acção é a criação de uma figura que chame a si a cooperação de todas as entidades, envolvidas e a envolver neste plano: uma Alta Autoridade para a Defesa da Floresta e da Prevenção e combate aos incêndios. “Tem de ser alguém que cumpra um perfil de humildade, sabedoria e coragem, que se disponha a ouvir todos os que têm directa ou indirectamente alguma intervenção na matéria, mas que tenha plenos poderes para tomar decisões”, defende.

No “Plano total de Acção” que desenhou, e que disponibiliza como ponto de partida para arrancar com a discussão, o presidente da Confederação do Ioga desenhou 22 medidas que considera importantes para este combate. Ele, e sua confederação que tem cinco estruturas regionais (semelhantes às comissões de coordenação regional) e possuiu 44 Áshrama - Centros do Ioga de Norte a Sul de Portugal, onde movimenta “largos milhares de praticantes”, compromete-se a fazer o mesmo: “sensibilizar para a importância de evitar uma calamidade florestal”  e de “salvar o pulmão verde nacional e mundial e o pulmão vermelho pessoal”.

No Manifesto Universal do Dia Internacional do Ioga, que foi escrito já em 2001 e é composto por 30 pontos, os temas da protecção da natureza surgem já bem explícitos. O ponto 26 bate-se “Pelo  Ar Puro e o Oxigénio das Florestas preservadas, protegidas e repostas”. Este ano, em que pela primeira vez se assinala um Dia Internacional do Ioga depois de este ter sido elevado a Património Cultural e Imaterial da Unesco (a 1 de Dezembro de 2016), Jorge Veiga de Castro espera que a tradição se volte a cumprir. Quando praticantes do ioga de todo o país acorrerem à Pista de Atletismo Prof. Moniz Pereira, em Lisboa, para praticar ioga e contribuir para um dia pela diversidade étnica e cultural e pela tolerância inter-religiosa,  esperam-se mais de mil praticantes unidos pelo lema “Sustentabilidade e Paz Mundial”. A iniciativa – organizada pela Confederação Portuguesa do Ioga - terá início às 10h00 e é co-organizada pela Embaixada da Índia em Portugal, pela Câmara Municipal de Lisboa e pela Confederação Europeia do Ioga.

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