Alemanha descarta hipótese de terrorismo no ataque contra o Borussia

O incidente ocorreu a 11 de Abril, quando a equipa se deslocava ao estádio onde iria disputar o jogo frente ao Mónaco.

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Reuters/Reuters Staff

A justiça federal alemã devolveu esta terça-feira às autoridades locais o caso do atentado contra o autocarro do Borussia Dortmund, quando ia disputar um jogo da Liga dos Campeões em futebol, após descartar indícios de terrorismo. Um homem de 28 anos foi detido, sob suspeita de ser o autor do atentado, por ter investido 78 mil euros na compra de opções de venda de acções do clube a um determinado preço. Se o preço das acções caísse, venderia depois ao preço fixado, mais alto. O negócio, previa, iria render-lhe 3,9 milhões de euros.

Em comunicado, as autoridades federais referiram que "as investigações realizadas não encontraram indícios de que houvesse um envolvimento terrorista".

No decorrer do atentado, ficou ferido num pulso o futebolista espanhol Marc Batra. Este aconteceu quando o autocarro ia a caminho do estádio, a 11 de Abril, antes da primeira mão dos quartos de final entre Borussia Dortmund e Mónaco, em Dortmund.

As autoridades federais assumiram o caso, depois de terem acesso a três mensagens que reivindicavam o atentado, alegando uma motivação de fundamentalismo islâmico, cenário que foi descartado.O presumível autor do atentado, identificado como Sergei W., um russo-alemão, agiu com interesses económicos, por ter apostado numa baixa de acções do clube e pretendia que estas caíssem abruptamente com o atentado.

A equipa alemã, que tinha eliminado o Benfica nos oitavos de final, conta nas suas fileiras com o internacional português Raphäel Guerreiro, acabou por ser eliminada pela formação monegasca, treinada por Leonardo Jardim.

No primeiro jogo, que foi adiado, face ao atentado, para o dia seguinte, o Dortmund perdeu por 3-2, e na visita ao principado foi novamente derrotado, por 3-1.

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