Novo balanço europeu em breve

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Nuno Ferreira Santos

A infecção pelo vírus da hepatite A transmite-se essencialmente por via fecal-oral nos países onde a doença deixou há décadas de ser endémica, como é o caso de Portugal, mas a transmissão também ocorre através da ingestão de alimentos ou água contaminados ou má higiene da mãos. Portugal figura entre os 13 países onde o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla inglesa) identificou três clusters no balanço divulgado em 23 de Fevereiro passado.

Tudo indica que nos próximos dias continuem a surgir mais casos de hepatite A, porque o período de incubação da infecção é longo. No último balanço, o ECDC indicava que havia 287 casos reportados desde o início de 2016 e, nessa altura, Portugal tinha 23 casos notificados.

Para fazer face ao aumento de casos de hepatite A maioritariamente diagnosticado entre Homens que fazem Sexo com Homens (HSH),  o ECDC recomendava no documento a vacinação prioritária dos HSH que viajam para zonas com surtos da infecção reportados entre os homossexuais, dos HSH que residem em áreas com surtos activos da infecção e ainda dos HSH em risco de complicações graves resultantes da infecção, por estarem por exemplo simultaneamente infectados com os vírus da hepatite B ou  da hepatite C e os que usam drogas injectáveis. 

O ECDC está, entretanto, a preparar um novo balanço com dados actualizados sobre este surto que, em Fevereiro, tinha três clusters identificados (três estirpes diferentes do vírus da hepatite A). O primeiro balanço foi emitido a 19 de Dezembro.

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