Semana cultural da Universidade de Coimbra arranca em Março para questionar a identidade

Programação vai até ao final de Abril e conta com música, teatro, exposições e conferências. “Quem somos?” é o tema da edição deste ano.

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Diogo Baptista

O objectivo é questionar a identidade. A pergunta “quem somos?” serve de mote à 19º semana cultural da Universidade de Coimbra (UC), mas não se aplica apenas à instituição em constante “tensão entre o passado, presente e futuro”, como referiu a vice-reitora para a cultura, Clara Almeida Santos. Pode dirigir-se tanto a uma ideia de identidade pessoal, de comunidade, de portugalidade como de lusofonia.

A semana cultural da UC, cuja programação foi apresentada nesta sexta-feira, em Coimbra, vai tentar responder a esta questão entre 1 de Março e 28 de Abril, distribuindo 80 eventos por 30 espaços da cidade.  Entre os eventos encontram-se concertos, exposições, conferências, espectáculos performativos e debates.

O início da semana cultural da UC, que apesar do nome se prolonga por dois meses, é assinalado no dia 1 de Março, dia de aniversário da universidade, com a entrega do Prémio Universidade de Coimbra à coreógrafa Madalena Vitorino e com um concerto da recém-criada Orquestra Académica da UC cujo repertório percorre compositores como Joly Braga Santos ou Zeca Afonso.

“A questão da identidade”, afirma o director do Teatro Académico Gil Vicente (TAGV), Fernando Matos Oliveira, “é um tema dos nossos tempos”, um assunto central na “paisagem criativa nacional e internacional.

Uma das novidades em relação às edições anteriores é um bilhete especial da semana cultural, que permite, por 20 euros, assistir a três espectáculos nos TAGV e ainda dá direito a desconto de 10% em todos os eventos da semana cultural que não sejam de entrada livre. As peças incluídas no bilhete único são “Uníssono”, “Passa-Porte” e “Giosefine”.

Os dois meses de programação encerram com no dia 28 de Abril com um concerto da Orquestra Clássica do Centro e com a apresentação dos projectos “Património de Humanidade” e “UpCycle”

A vice-reitora refere que o montante despendido pela UC na programação ronda os 60 mil euros, uma quantia que é “sensivelmente” igual à de 2016.  

O calendário da iniciativa foi apresentado no Colégio da Graça, um antigo edifício da universidade na Rua da Sofia, na zona baixa da cidade. “Um regresso ao pólo zero” da UC, referiu Clara Almeida Santos, numa alusão à história da Universidade, por ali passou.

O Colégio da Graça, que depois de recuperado foi ocupado pelo Centro de Estudos Sociais e pelo Centro de Documentação 25 de Abril, é um dos edifícios que em 2013 foi classificado como património da humanidade pela UNESCO.

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