Futuro ministro da Justiça dos EUA nega ser simpatizante do KKK

Jeff Sessions foi ouvido no Senado, que tem de confirmar as nomeações de Donald Trump.

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Sobre o senador do Alabama pairam acusações de racismo Reuters

O homem que Donald Trump escolheu para ser ministro da Justiça nos EUA (attorney general), negou ter simpatia pelo grupo de supremacistas brancos Ku Klux Klan. “Odeio o Ku Klux Klan e a sua tenebrosa ideologia”, disse Jeff Sessions numa difícil audiência no Senado, que tem de aprovar o seu nome.

Apesar de Sessions não ter a confirmação em risco, passou a audiência na defensiva, tendo que justificar posições polémicas sobre a luta pelos direitos civis da população negra, a segregação racial, a imigração, a legalização do aborto (é contra), o casamento de casais do mesmo sexo e a marijuana.

Um senador democrata expressou "grande procupação" com a nomeação de Sessions, que numa sessão em tribunal se dirigiu ao advogado da parte oposta por "rapaz" ("boy"). O seu adversário era negro. Acusado de ser racista, Jeff Sessions viu a sua nomeação para juiz federal ser chumbada em 1986.

"Conheço em profundidade a história dos direitos civis e o terrível impacte que esta discriminação sistemática teve nos nossos irmãos e irmãs afro-americanos", disse. "Testemunhei-a", disse Sessions, que tem 69 anos e é do estado do Alabama.

Sessions procurou rebater o argumento da oposição democrata de que as suas opiniões e convicções pessoais o tornam incapaz para o cargo que vai ocupar, uma vez que a sua missão extravasa a gestão do Departamento de Justiça: também cabe ao Procurador-geral aplicar a Justiça em nome do governo federal, iniciando investigações e apresentando acusações em tribunal.

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