Vladimir Putin admite doping na Rússia, mas nega conivência estatal

"A Rússia nunca criou um sistema estatal de dopagem ou de apoio à dopagem", afirmou o Presidente russo.

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Vladimir Putin durante a sua conferência de imprensa anual AFP/NATALIA KOLESNIKOVA

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu nesta sexta-feira a existência de problemas de doping no país, mas negou de forma veemente existir um sistema estatal para apoiar essa prática ilícita.

"No nosso país, como em qualquer outro, temos problemas com isso. Devemos admiti-lo e fazer tudo para impedir a dopagem", sublinhou o governante russo na habitual conferência de imprensa anual.

Putin quis deixar claro que "a Rússia nunca criou um sistema estatal de dopagem ou de apoio à dopagem" e que as autoridades fazem tudo para que "jamais exista", sublinhando a necessidade de uma colaboração estreita com a Agência Mundial Antidopagem (AMA) e outros organismos internacionais.

"Confio nas mudanças que têm lugar [na Rússia], não só das pessoas, mas nas estruturas, que nos ajudarão a cumprir com esses objectivos", acrescentou o Presidente russo.

O Comité Olímpico Internacional (COI) prolongou as sanções contra a Rússia, após a publicação da primeira parte do relatório McLaren, solicitado pela AMA, o qual denunciou a existência de um esquema organizado de doping com a colaboração estatal.

Um escândalo que levou a Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF) a proibir a participação do atletismo russo nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no Verão passado.

Já nesta sexta-feira o COI revelou a abertura de processos disciplinares a 28 atletas russos suspeitos de recurso ao doping nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia.

"O COI abriu os processos disciplinares a 28 atletas, em relação aos quais há provas de manipulação de uma ou mais amostras de urina, que foram recolhidas durante os Jogos Olímpicos de Inverno Sochi 2014", refere o comunicado do organismo olímpico.

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