Helicópteros do INEM já estão assegurados no Natal

Em causa estavam estavam falhas de médicos em Lisboa e Loulé. Para a escala de Ano Novo ainda há algumas falhas em Loures e Macedo de Cavaleiros, mas que devem ter resposta nos próximos dias.

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Muito do trabalho é assegurado com horas extraordinárias PAULO PIMENTA

Depois de algumas falhas na escala inicial para os dias de Natal, o presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Luís Meira, garantiu ao PÚBLICO que os vários turnos dos helicópteros deste organismo já estão garantidos nos dias 24 e 25 de Dezembro. Em causa estavam falhas de médicos em Lisboa e Loulé. No entanto, para o fim-de-ano ainda estão por preencher alguns turnos, assumiu Luís Meira, mas garantindo que ainda esta semana ou no início da próxima terá tudo resolvido.

Alargando a questão aos restantes meios do INEM, Luís Meira começou por explicar que as escalas do instituto são feitas “previamente ao mês a que dizem respeito”. “A escala sai com [os turnos] que já estão assegurados e depois, à medida que o tempo vai decorrendo, vai sendo completada”, explicou. Isto porque o instituto não tem técnicos suficientes para dar resposta a toda a actividade, recorrendo muito ao trabalho extraordinário. “Não podíamos fazer sair a escala impondo à partida trabalho extraordinário aos colaboradores”, acrescentou o presidente do INEM.

Esta situação acontece tanto para os helicópteros como para os restantes meios operados pelo instituto, nomeadamente ambulâncias. A única excepção está nas Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER), cuja escala de médicos e enfermeiros é da responsabilidade dos hospitais onde elas têm base. “A escala dos helicópteros está completamente assegurada no Natal. Mas é verdade que ainda temos por preencher alguns turnos, nomeadamente de dois helicópteros no fim-de-ano, em Salemas [Loures] e Macedo de Cavaleiros”, acrescentou, insistindo que nos próximos dias deverá haver solução para o problema.

No caso das ambulâncias, o que o INEM fez foi reduzir em Dezembro a actividade de alguns dos veículos para ter meios suficientes para reforçar a resposta na altura das festas. Luís Meira assegura que ninguém fica sem assistência, pois tratam-se apenas de “ligeiras alterações” que têm em consideração o histórico de utilização dos meios.

No entanto, o presidente assume que o ideal era contarem com um reforço da equipa para deixarem de estar sempre dependentes das horas extraordinárias, que não quis quantificar em termos de peso no volume total de trabalho, referindo apenas que é "relevante" e que depende do "esforço dos trabalhadores". Luís Meira diz que o Ministério das Finanças está a ultimar as autorizações para algumas contratações, mas estas deverão ser inferiores ao necessário. Até porque, lembra, a redução de horário de 40 para 35 horas semanais fez com que o INEM precisasse ainda mais de recorrer ao trabalho suplementar.

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