Teatro Maizum apresenta uma leitura encenada de Diogo do Couto

A fechar o ano, o Teatro Maizum apresenta mais uma leitura encenada, O Soldado Prático, de Diogo do Couto. Na Torre do Tombo, esta quinta-feira, às 18h45. A entrada é livre.

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O Soldado Prático de Diogo do Couto (1542-1616) pelo Teatro Maizum DR

No ano em que passam quatro séculos sobre a morte de Diogo do Couto (1542-1616), o Teatro Maizum apresenta no Arquivo Nacional Torre do Tombo, em Lisboa, uma leitura encenada do diálogo d’O Soldado Prático. Este, segundo o comunicado desta companhia teatral, “oferece uma análise atenta da sociedade do seu tempo num período da história singularmente complexo, que ilustra a lenda negra do império português, deixando ver o que se considera ‘os enganos e desenganos da Índia’.” Um pensamento que, acrescentam, “continua a ser gritantemente intemporal": "Nesta voz do soldado, veterano da Índia, vemos a ambição da riqueza, conseguida sem olhar a meios, assim como a injustiça e a imoralidade apresentadas de formas variadas.”

A direcção é de Silvina Pereira, fundadora do Teatro Maizum, e a interpretação está a cargo dos actores João Ferrador, Júlio Martín e Miguel Vasques. Será às 18h45, com entrada livre.

A leitura encenada de O Soldado Prático integra o Colóquio Internacional Diogo do Couto: história e intervenção política de um escritor polémico pelo Centro de História d’Aquém e d’Além Mar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e ainda o Colóquio Internacional Paideia e Humanitas, formar e educar ontem e hoje, pelo Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, o Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e o Instituto de Educação da Universidade do Minho.

Em 2016, no seu trabalho de divulgação do teatro clássico, o Teatro Maizum apresentou em Julho A Paz de Aristófanes, um clássico grego, nas ruínas do Teatro Romano de Lisboa (onde esteve vários dias com lotações esgotadas) e, mais tarde, em Novembro, uma “maratona” de teatro clássico na Casa da Achada, com as obras Os Vilhalpandos, de Francisco Sá de Miranda; a Comédia Ulysippo de Jorge Ferreira de Vasconcelos; e a Comédia O Cioso de António Ferreira.

Silvina Pereira, directora do Teatro Maizum, afirmou na altura que “o público quer ver estes espectáculos, quer ver as suas melhores jóias em palco, a mentalidade dos seus avoengos, os seus vícios e virtudes, o seu 'caso' colectivo em cena": "É uma questão de identidade e de referente."

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