Filhos do embaixador iraquiano saíram de Portugal

Jovens viajaram com os pais para Istambul. Na semana passada, o Ministério dos Negócios Estrangeiros deu 20 dias úteis ao Estado iraquiano para responder ao pedido de levantamento da imunidade.

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Face à imunidade diplomática, que mantêm, os jovens iraquianos não estão sob qualquer medida de coacção. Rui Gaudencio

Os filhos do embaixador do Iraque em Lisboa, suspeitos de terem agredido um jovem em Ponte de Sor, saíram nesta terça-feira do país num avião com destino a Istambul. O pai, embaixador, e a mulher também embarcaram no Aeroporto General Humberto Delgado, em Lisboa, confirmou ao PÚBLICO fonte policial.

Face à imunidade diplomática, que mantêm, os jovens iraquianos não estão sob qualquer medida de coacção.

Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um comunicado onde considerava “essencial para o esclarecimento dos factos, ouvir, em interrogatório e enquanto arguidos, os dois filhos do embaixador do Iraque em Lisboa” que alegadamente agrediram, em Agosto, um jovem em Ponte de Sor. Por isso, defendia, era “imprescindível para os autos o levantamento da imunidade diplomática”.

Em Outubro, o Estado Iraquiano mostrara vontade de cooperar para o cabal esclarecimento dos factos, mas considerou então prematuro, “dada a fase do processo e a consequente impossibilidade de acesso ao mesmo”, tomar uma decisão a respeito do pedido de levantamento de imunidade. Pelo que “o Ministério Público decidiu, na quarta-feira, apesar do inquérito se encontrar em segredo de justiça, informar o Estado Iraquiano sobre o conteúdo dos autos”.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) deu na quarta-feira 20 dias úteis ao Estado iraquiano para responder ao pedido de levantamento da imunidade dos jovens.

Já nesta terça-feira, em reacção à notícia da saída dos jovens do país, o MNE indicou que vai pedir esclarecimentos às autoridades iraquianas.

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