Desta vez, o Sevilha não vai conquistar a Liga Europa

Andaluzes garantiram o segundo lugar do Grupo H e apuramento para os oitavos-de-final da Champions. Mónaco perdeu invencibilidade.

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JEFF PACHOUD/AFP

Já há muito que se sabia que havia um conflito de interesses em Sevilha. Atingir o objectivo de saltar para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões correspondia à impossibilidade automática de renovar o título na Liga Europa. O empate sem golos registado em Lyon, na última jornada da fase de grupos, serviu para cumprir o desígnio na Champions e para garantir a última vaga disponível (a que correspondia ao grupo do FC Porto cedo ficou encaminhada) na próxima fase da competição. A segunda competição de clubes mais relevante da UEFA terá, garantidamente, um vencedor diferente do das últimas três temporadas.

No Stade des Lumières, assistiu-se ao único jogo sem golos do último dia da fase de grupos. O Lyon estava obrigado a vencer, de preferência por mais de um golo, para igualar a pontuação do Sevilha e depois poder segurar o apuramento no desempate. E não foi por falta de pressão ou iniciativa que falhou o objectivo. Na verdade, os franceses foram os únicos a procurar a vitória e os números são esclarecedores: 24 remates contra apenas dois do Sevilha. Acontece que nenhum cumpriu o desígnio e os andaluzes, que somam cinco títulos na Liga Europa, vão partir para um novo voo nas provas da UEFA.

Quem já lá estava à espera era a dupla Real Madrid-Borussia Dortmund. Por isso, o que se decidia no Santiago Bernabéu era "apenas" o primeiro lugar do Grupo F, que acabou por ser arrebatado pelos alemães. Os "merengues" não souberam gerir a vantagem conferida por dois golos de Karim Benzema (28' e 53') e acabaram por ver o adversário chegar ao empate já perto do final: depois de Aubameyang ter reduzido aos 61', foi Marco Reus (89') quem garantiu que as duas equipas fechavam esta fase sem derrotas.

Uma meta que, no último fôlego, fugiu ao Mónaco. E de forma estrondosa. No Grupo E, os franceses sofreram a primeira derrota e por uns expressivos 3-0, às mãos do Bayer Leverkusen. Na Alemanha, o jovem médio ucraniano Vladlen Yurchenko inaugurou o marcador com um golo de classe (30'), antes de Julian Brandt (48') e Morgan de Sanctis (que viu a bola ressaltar-lhe no corpo e encaminhar-se para a baliza, na sequência de uma grande penalidade), aos 82', fecharem o resultado. 

O resultado não mexeu com a hierarquia do grupo, limitando-se a aproximar os dois primeiros, o mesmo acontecendo com o Tottenham e o CSKA Moscovo. Em causa estava a terceira posição e a consequente qualificação para a Liga Europa. E os russos até entraram melhor em Londres, com um golo de Dzagoev aos 33'. Nesse cenário, o do triunfo virtual do CSKA, os ingleses ficavam fora das competições da UEFA.

A resposta do Tottenham, porém, não tardou. Delle Ali empatou cinco minutos depois, com uma conclusão plena de tranquilidade e qualidade técnica, enquanto Harry Kane completou a reviravolta em cima do intervalo. O 3-1 final, esse, foi assinado pelo guarda-redes Akinfeev, numa intervenção infeliz, aos 77', após cruzamento do avançado inglês. Estava garantido o prémio de consolação.

O mesmo não pode dizer-se do Dínamo Zagreb, que entrou para a última ronda sem pontos nem golos marcados e saiu na mesma condição. Ao perder por 2-0 em Turim, frente à Juventus, o campeão croata fechou a participação na fase de grupos com 15 golos sofridos, o penúltimo apontado por Gonzalo Higuaín e o último pelo jovem central Daniele Rugani, que assim se tornou no 100.º marcador italiano na história da Champions.

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