Costa destaca "importância simbólica, histórica e política" do 1.º de Dezembro

Primeiro-ministro sublinhou que o Dia da Restauração não serve para celebrar um "serôdio sentimento anti-castelhano".

O primeiro-ministro, António Costa, valorizou nesta quinta-feira a presença em conjunto do chefe do Governo e do chefe de Estado nas cerimónias do Dia da Restauração, enaltecendo a "importância simbólica, histórica e política" do 1.º de Dezembro, novamente feriado.

"A restauração do feriado da Restauração de 1640, e a presença do Presidente da República neste acto, significam que o Estado acompanha a nação na importância simbólica, histórica e politica que dá a esta data e à mensagem que nos transmite, que devemos valorizar em permanência, com sentido pedagógico", advogou o chefe do Governo, falando em Lisboa nas cerimónias do Dia da Restauração.

Valorizando a "primeira vez, em muitos anos", que se juntam chefe do Governo e chefe de Estado nas cerimónias do 1.º de Dezembro, Costa vincou que a celebração desta quinta-feira não se dá por um "serôdio sentimento anti-castelhano, que não tem sentido no presente de Portugal e Espanha".

Depois, o primeiro-ministro lembrou a visita de Estado a Portugal dos reis de Espanha, que terminou na quarta-feira, para lembrar a união entre os dois países em matérias como a União Europeia, a NATO, o universo ibero-americano ou o "mercado ibérico crescentemente integrado".

A independência de Portugal, essa, é fundamentada em "factores geográficos, históricos, culturais se políticos seculares", e deve ser aliada de um "patriotismo positivo", de integração. "Acolhemos turistas e imigrantes, investidores e refugiados, estudantes e artista", numa "identidade aberta, cosmopolita e universalista" cada vez mais portuguesa, continuou António Costa.

O chefe do Governo e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, participaram e discursaram na comemoração oficial do Dia da Restauração, em Lisboa, a primeira desde que o feriado do 1.º de Dezembro foi reposto. A cerimónia foi promovida e organizada pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal, o Movimento 1.º Dezembro de 1640 e a Câmara de Lisboa.

A última intervenção da cerimónia coube ao Presidente da República, antecedido pelos discursos do primeiro-ministro, do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, do coordenador-geral do Movimento 1.º de Dezembro de 1640, José Ribeiro e Castro, e do presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, José Alarcão Troni.

A cerimónia central das comemorações do 1.º Dezembro terminou com a deposição de coroas de flores de homenagem aos heróis da Restauração.

O 1.º Dezembro foi um dos quatro feriados suprimidos a partir de 2013 pelo Governo PSD/CDS-PP, entretanto repostos este ano pelo Governo socialista de António Costa.

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