Chapecoense, o “Verdão do Oeste”, vivia a sua melhor época de sempre

Clube subiu pela primeira vez ao principal campeonato brasileiro em 2014. Na actual temporada, seguia numa tranquila nona posição.

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Paulo Whitaker/Reuters

A Chapecoense, clube do estado de Santa Catarina, no Brasil, com menos de meio século de existência, é um dos fenómenos recentes do futebol brasileiro, com a chegada ao primeiro escalão há três anos.

O clube, conhecido como “Chape” ou “Verdão do Oeste”, foi na madrugada desta terça-feira abalado pela tragédia, com a queda de um avião em que seguia a equipa para disputar na Colômbia a primeira mão da final da Copa Sul-Americana, com o Atlético Nacional, levando à morte 76 pessoas.

Do grupo que viajava sobreviveram cinco pessoas, entre as quais o guarda-redes Marcos Danilo Padilha, de 31 anos, o guarda-redes suplente Jackson Follmann, de 24 anos, e o lateral Alan Ruschel, de 27 anos.

A tragédia é equiparada às que aconteceram com clube míticos como o Torino, no acidente de Superga, Itália, em 1949, ou Manchester United, em 1958, embora a história conte alguns acidentes com clubes de futebol.

Na Chapecoense as “luzes da ribalta” acenderam-se para o clube – pese embora a sua importância no estado de Santa Catarina – na comemoração dos seus 40 anos, quando subiu pela primeira vez ao principal campeonato brasileiro, em 2014.

Esta época, com um jogo por disputar, a equipa, que tem o guarda-redes Marcelo Boeck, ex-Sporting, no seu plantel, está numa tranquila nona posição, depois de nas anteriores épocas ter sido 14.º e 15.º.

Foi a melhor prestação da “Chape” no futebol brasileiro, num momento que iria disputar a sua primeira final internacional na Copa Sul-Americana, competição em que teve o seu primeiro jogo em 2013.

Também apelidado de “Furacão do Oeste”, o clube conseguiu este ano ter um plantel que misturava experiência de jogadores mais velhos, como Boeck, Nivaldo, Neto ou Filipe Machado, e mais novos, numa média de idades de 26 anos.

Na formação santa-catarinense, Boeck é bem conhecido dos portugueses, pelas passagens por Marítimo e Sporting, bem como o treinador Caio Júnior, de 51 anos, que foi jogador do Belenenses, do Estrela da Amadora e do Vitória de Guimarães.

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