Futebol é incontornável, mas comprado com racionalidade

Gonçalo Reis explica que a sua administração não está a aumentar os gastos com futebol.

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"O futebol é uma parte da estratégia do desporto e as outras componentes são muito importantes, como os Jogos Olímpicos ou o ciclismo — que vai sair da 2 porque esta é mais cultural, e passar para a RTP1" DR

Os estudos mostram que afinal o que o público quer ver na TV é futebol e novelas. Continua a fazer sentido pagar tantos milhões de euros pelo futebol?
Não vale a pena nem endeusar, nem diabolizar o futebol. É um conteúdo relevante, é um factor de agregação dos públicos, é um ponto de encontro da portugalidade, mesmo nas comunidades.

Nós temos uma política de racionalidade para o futebol: estamos nas competições europeias e mundiais com a selecção, e estamos em algumas competições que têm bastante impacto — Liga dos Campeões e Liga CTT. Esta última foi comprada a um valor abaixo dos patamares médios dos nossos conteúdos de futebol.
 
Qual é o valor por jogo da Liga CTT [Taça da Liga]?
É inferior à média mas não vou dizer. Temos os direitos para o Internacional e África. Esta administração não está a aumentar os gastos com futebol. Existe uma estratégia com racionalidade, desapaixonada, com análise custo-benefício, estamos sempre abertos a sub-licenciar nas competições internacionais, como no Euro2016.

O futebol é uma parte da estratégia do desporto e as outras componentes são muito importantes, como os Jogos Olímpicos, ciclismo — que vai sair da 2 porque esta é mais cultural, e passar para a RTP1 —, desporto amador e surf. Temos que ir atrás dos públicos jovens e alternativos.

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