Luís Montenegro diz que não há processo de sucessão aberto no PSD

O líder parlamentar do PSD diz que o partido é "grande e com sentido crítico", o que justifica haver posições diferentes e alternativas dentro do PSD, mas reforça a inexistência de mudanças de liderança.

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O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro diz não haver processo de sucessão dentro do partido Nuno Ferreira Santos

O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, afirmou que não há nenhum processo de sucessão aberto no PSD, que "tem uma escolha muito consciente" da sua liderança, considerando que é do "interesse" dos adversários políticos "alimentar essas notícias".

"Não há, de maneira nenhuma, um processo de sucessão, nem de movimentação interna, sendo esse tipo de considerações da espuma mediática", disse à agência Lusa na segunda-feira à noite, à margem de um debate do Clube dos Pensadores, em Vila Nova de Gaia.

Luís Montenegro disse que o PSD tem um líder que ganhou as duas últimas eleições legislativas, que foi sufragado num congresso e que tem liderado a oposição no Parlamento e fora dele e que, por isso, não há "qualquer problema" de liderança.

"O PSD tem uma escolha muito consciente da sua liderança e uma confiança muito grande [nela]", acrescentou.

Contudo, o líder da bancada social-democrata na Assembleia da República explicou que isso não significa que não haja pessoas a ter posições diferentes e até a ponderarem, no futuro, poder assumir e protagonizar alternativas porque o PSD é um partido "grande e com sentido crítico".

Questionado sobre se poderia ser uma dessas alternativas, Luís Montenegro respondeu que a questão não está em aberto.

Na opinião do social-democrata, interessa "muito" aos adversários políticos do partido, nomeadamente ao líder do PS, António Costa, e ao presidente socialista, Carlos César, "alimentarem" notícias dessas.

"Se há pessoas que se deviam preocupar com liderança era António Costa e o correligionário Carlos César porque esses sim perderam as eleições e afastaram o PS daquele que foi o seu posicionamento programático e identitário dos últimos 30 anos", sustentou.

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