Dono de restaurante Palácio do Kebab pode regressar a Portugal

Imigrante, que ficou conhecido por enfrentar sozinho um grupo de jovens, está há três meses retido na Turquia a tentar obter um visto para entrar em Portugal.

O imigrante turco Mustafa Kartal, dono do restaurante Palácio do Kebab, na zona do Cais do Sodré, em Lisboa, vai poder regressar a Portugal, após ter estado três meses retido na Turquia a tentar obter um visto para entrar em território nacional. O empresário ficou conhecido por ter enfrentado sozinho um grupo de jovens que terão provocado desacatos no seu estabelecimento, em Abril deste ano, um episódio registada num vídeo que se tornou viral na Internet.<_o3a_p>

Esta terça-feira, o Correio da Manhã noticiou que Mustafa Kartal estava há mais de três meses retido na Turquia porque a embaixada portuguesa em Ancara não lhe concedeu visto para regressar a Portugal. “Vim no final de Julho para ver a minha mulher e as minhas filhas. Mas desde Agosto que vou quase todas as semanas à embaixada. Pedem-me um documento, eu entrego e depois dizem-me para esperar. Depois pedem-me outro papel qualquer e a situação repete-se”, disse o empresário ao Correio da Manhã.<_o3a_p>

A Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas confirma numa resposta escrita enviada ao PÚBLICO que o imigrante pediu, em Agosto passado, na embaixada de Portugal em Ancara um visto Schengen, alegando residir em território português. No entanto, na realidade o empresário turco estivera ilegalmente em Portugal quase um ano, após deixar expirar um visto a 31 de Julho de 2015. Segundo a Secretaria de Estado das Comunidades o cidadão permaneceu ilegalmente até 5 de Julho deste ano, data em que regressou à Turquia, tendo antes de viajar, a 27 de Maio, submetido ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras um requerimento para autorização de residência. Esta terça-feira a Secretaria de Estado das Comunidades teve conhecimento que o pedido foi concedido e que, por isso, o visto já poderá ser emitido.<_o3a_p>

Ao contrário do que diz o empresário turco, a embaixada portuguesa em Ancara garante que depois da apresentação do pedido de visto o imigrante não voltou a contactar os seus serviços. “Durante dois meses Mustafa Kartal não nos contactou, apesar de lhe termos enviado diversas comunicações sobre o assunto, adiantando-lhe informações quanto aos documentos necessários a apresentar”, diz a embaixada, numa resposta enviada através da Secretaria de Estado das Comunidades.<_o3a_p>

A embaixada garante que em finais de Outubro uma funcionária dos serviços consulares contactou o empresário a perguntar pelos documentos necessários para o processo ser devidamente instruído. “O cidadão disse ter sido concedida a sua autorização de residência em Portugal e enviou-nos vários documentos para a instrução do processo de visto nacional, todos eles desactualizados (datavam de 2015)”, justifica a embaixada.<_o3a_p>

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