Tiveram cancro, agora são voluntárias

Este domingo é Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama. No IPO-Porto duas voluntárias contam que ficam sempre “chocadas quando uma mulher se queixa que o marido a abandonou por ter perdido o peito”.

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Mural, em 2013, no IPO-Porto para mensagens de utentes, doentes e visitantes Paulo Pimenta

Helena Queijo, 60 anos, e Emília Leal, 56, são voluntárias do movimento Vencer e Viver, da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Contam que procuram transmitir “calma e esperança” às mulheres que abordam na sala de espera da clínica do IPO-Porto. Também elas já tiveram cancro da mama.

Ficam sempre “chocadas quando uma mulher se queixa que o marido a abandonou por ter perdido o peito”, lamenta Emília, que também retirou uma mama e a reconstitui assim como Helena o fez.

Bata branca, com um laço rosa e um crachá ao peito, onde se lê “vencer e viver”, as duas sabem bem do que falam quando transmitem informação às doentes. “Conto que tentei lidar o melhor possível com a doença, que usei peruca por causa da queda do cabelo provocada pela quimioterapia e que tive muito cuidado com a minha imagem”, diz Helena.

Dos 45 mil de novos casos de cancros por ano em Portugal, “seis mil são de cancro da mama, o que representa 25% dos cancros da mulher”, realça Joaquim Abreu de Sousa, da Clínica de Mama, do IPO-Porto.

Helena, a voluntária, diz que lembra sempre às outras doentes “as palavras de alento do doutor Joaquim Abreu de Sousa”: “Metade da cura parte de dentro do próprio doente.”

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