Ministro da Cultura promete reforço especial para a Fundação Côa Parque

O acréscimo orçamental incidirá sobre todas as fundações, mas o Côa, argumenta Castro Mendes, carece de "um apoio financeiro particularmente grande".

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Paulo Pimenta

O ministro da Cultura disse este sábado que a proposta de Orçamento do Estado para 2017 prevê "um acréscimo para quase todas as fundações", apontando a do Côa como a que carece de "uma intervenção" e "de um apoio financeiro particularmente grande" e reiterando "a vontade de reabilitar o projecto".

"Vamos tentar reduzir em 20% aquilo que as fundações perderam. Estamos a considerar todas as fundações equitativamente, mas umas precisam de mais, outras de menos", disse Luís Filipe Castro Mendes, no Porto, onde participou no colóquio Trinta anos de Bibliotecas Públicas. O ministro admitiu que a reversão dos cortes no financiamento das fundações, uma medida do anterior executivo PSD/CDS-PP, é "parcial ainda".

Depois de em Junho ter sido confirmada a manutenção do modelo de fundação para a gestão do Parque Arqueológico e do Museu do Côa, a proposta de Orçamento do Estado para 2017 revela para aquele organismo um aumento de verbas para despesa de 253 mil euros, para um total de 1,1 milhões de euros.

O Parque Arqueológico do Vale do Côa, que se afirmou como o maior museu do mundo ao ar livre do Paleolítico, foi criado em 10 de Agosto de 1996, contabilizando um milhão de visitantes em 20 anos. Dois anos depois, a UNESCO classificou as gravuras rupestres de Foz Côa como Património da Humanidade.

Em 2010, foi criado o Museu do Côa, e um ano depois foi criada a Fundação Côa Parque para gerir o museu e o Parque Arqueológico do Vale do Côa, com o objectivo de "proteger, conservar, investigar e divulgar a arte rupestre".

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