Marques Mendes: "OE 2017 é o princípio do fim da geringonça"

Ex-líder do PSD sugere também que "actual ministro da Economia não vai durar muito".

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Marques Mendes Nélson garrido

O conselheiro de Estado Luís Marques Mendes afirmou nesta quinta-feira que o actual ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, não vai continuar muito tempo no cargo, sendo substituído, em breve, por alguém com perfil "mais político".

"O actual ministro da Economia não vai durar muito tempo. Na próxima conferência o ministro da Economia já não é este", disse o antigo líder do PSD, na conferência Portugal em Exame, a decorrer em Lisboa.

Na sua análise à proposta do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), Marques Mendes defendeu que o documento devia ser "mais virado para a economia", referindo que o primeiro-ministro, António Costa, se dedicará mais às empresas.

Nesse contexto, acrescentou, que Caldeira Cabral será substituído no cargo por alguém "mais político".

Para o advogado social-democrata, também a "geringonça", isto é o acordo entre o PS, PCP, Bloco de Esquerda e PEV, não vai durar "até ao final da legislatura",

"O próximo ano vai ser politicamente muito interessante. Este orçamento foi o princípio do fim da geringonça, mas o fim ainda vai levar tempo", lançou na conferência a decorrer no Museu da Carris, organizada pela revista Exame, em parceria com o Banco Popular.

Marques Mendes defende que a proposta do OE 2017, "muito mais próxima do PSD do que do PCP e do BE", "veio criar mau ambiente" com os partidos da Esquerda, considerando que "as relações nunca foram brilhantes".

O conselheiro de Estado defendeu que o Governo escolheu agradar a Bruxelas com esta proposta de orçamento, depois de António Costa ter percebido que "o primeiro orçamento custou muito à imagem do Governo".

"Agora fez uma opção. António Costa nunca comprará uma guerra com Bruxelas", acrescentou.

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