PSP aconselha uso de metro e comboio no dia do protesto dos taxistas

Comando Metropolitano de Lisboa apela aos automobilistas que queiram deslocar-se em Lisboa que deixem os carros em casa.

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Taxistas prometem pernoitar em frente ao Parlamento se não obtiverem respostas satisfatórias. neg nelson garrido

A PSP admite que o protesto nacional dos taxistas previsto para a próxima segunda-feira em Lisboa vai causar “um grande constrangimento ao trânsito normal da cidade”, aconselhando, por isso, os automobilistas a trocarem o carro pelo metro ou pelo comboio nas deslocações na capital. É este o apelo do comissário Sérgio Soares, do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, que sugere que os automobilistas deixem o carro em casa e optem pelos transportes públicos.

“O melhor é mesmo usar o transporte ferroviário, nomeadamente o metro e o comboio”, afirma o comissário Sérgio Soares. A PSP não vai divulgar percursos alternativos para quem se desloque de carro em Lisboa nesse dia, explicando que tal não é viável já que o protesto passa pelas principais artérias da cidade. “Vamos é ter vários polícias da Divisão de Trânsito dispersos pelo percurso da marcha, a aconselharem os automobilistas em função dos casos concretos”, adianta o porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa.

O facto de a marcha lenta só ter hora de partida do Parque das Nações, prevista para as 8h30, mas não ter hora de chegada à Assembleia da República, torna mais complicada o planeamento das alternativas porque não há certeza da duração do protesto. As entidades organizadoras esperam que a marcha reúna cerca de 6000 táxis de todo o país na capital, metade da frota existente em Portugal.

Os taxistas que vêm de fora de Lisboa vão concentrar-se a partir das 7h no Parque das Nações, onde a marcha arranca uma hora e meia depois. O protesto segue pela Rotunda do Relógio, junto ao aeroporto, passa pela Avenida dos EUA em direcção ao Saldanha e depois à Praça Marquês de Pombal. Desce pelos Restauradores até à Praça do Comércio, seguindo pelo Campo das Cebolas até à Avenida Infante D. Henrique. Passa pelo Cais do Sodré e segue pela Avenida 24 de Julho, onde é suposto os taxistas deixarem os carros. A PSP sugere que sigam a pé pela Av. D. Carlos I até à Assembleia da República, onde os taxistas prometem permanecer e, pernoitar se for necessário, até que o primeiro-ministro ou o Presidente da República lhes garanta que as exigências que a classe tem que cumprir são as mesmas a que estarão obrigados os condutores que operam através de plataforma electrónicas como a Uber e a Cabify.

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