E o dia mais quente do ano foi a... 6 de Setembro

Nos dias 5 e 6 foram ultrapassados os anteriores maiores valores da temperatura máxima registados no mês de Setembro em 73% das estações do continente. Onda de calor chegou ao fim.

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Apenas nas regiões do litoral Norte e Centro e no litoral Sul do Algarve (excepto Sagres) os anteriores máximos não foram ultrapassados Vasco Neves

Nos dias 5 e 6 deste mês, segunda e terça-feira, registaram-se valores de temperatura média do ar muito elevados em Portugal continental, sendo o dia 6 de Setembro o mais quente do ano, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Nesta terça-feira, 6 de Setembro, a temperatura média foi de 29,2°C, um valor que, nota o IPMA, foi superior aos registados nos dias 8 e 7 de Agosto (com 28,7º e 28,6°, respectivamente) que eram, até agora, os mais quentes de 2016.

Os valores médios da temperatura máxima, 38,6°C, e mínima, 19,8 °C, no dia 6, foram também os mais altos. Na Lousã os termómetros chegaram aos 45 graus. Na estação meteorológica de Alcácer do Sal atingiu-se os 44,5º, na Amareleja os 44,3 e em Reguengos os 44,2.

Na verdade, prossegue o IPMA, nos dias 5 e 6 foram ultrapassados os anteriores maiores valores da temperatura máxima registados no mês de Setembro em 73% das estações (num total de 82) do continente.

Mesmo em estações meteorológicas onde há muito se fazem registos, caso de Beja, Penhas Douradas, Pinhão, Anadia ou Elvas, todas de 1941, bateram-se recordes de calor para um mês de Setembro.

Apenas nas regiões do litoral Norte e Centro e no litoral Sul do Algarve (excepto Sagres) os anteriores máximos não foram ultrapassados.

Segundo o IPMA, houve uma onda de calor com início no final de Agosto ou 1 de Setembro (conforme as zonas do país). Mas já terminou. E não teve nem a extensão territorial nem a duração da observada em Setembro de 2006 (que se prolongou por mais de 10 dias).

“A localização de um anticiclone sobre a Península Ibérica e Norte de África, estendendo-se na vertical aos vários níveis da troposfera e orientado no sentido Sul-Norte, originou o transporte de ar muito quente do interior da Península Ibérica e Norte de África, o reforço do aquecimento do ar devido à forte subsidência (descida) do ar e vento fraco”, explica o IPMA num relatório desta quarta-feira.

Esta situação meteorológica originou a intensificação do aquecimento do ar junto ao solo verificando-se valores da temperatura do ar extremamente elevados, em especial na região sudoeste da Península Ibérica.

O IPMA destaca também os valores muito altos da temperatura mínima, que ultrapassaram os maiores valores anteriormente observados nas estações de Vila Real, Guarda, Castelo Branco, Lisboa, Évora, Beja e Vila Real de Santo António.

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