Ordem dos Médicos diz que “Saúde na região centro não está nada bem”

Em causa estão problemas que afectaram a capacidade de decisão da ARS e a falta de médicos.

“Os cinco meses sem quórum no conselho directivo da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) vieram agudizar ainda mais os problemas existentes de falta de médicos e de enfermeiros, centros de saúde degradados e a cair aos bocados e com más condições”, lamentou esta sexta-feira o presidente Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes. O responsável denunciou ainda a falta de medicamentos e de equipamentos que obriga os médicos a transferir os doentes para as urgências dos hospitais. “A saúde na região centro não está nada bem”, alertou.

Há três anos que a Ordem dos Médicos denuncia estes problemas, mas sem qualquer feedback da ARSC, acusa Carlos Cortes que lamenta que a falta de um vogal para haver quórum, entre 31 de Março e 1 de Setembro, tenha agudizado ainda mais estas situações e, em última linha, contribuído para prejudicar a qualidade de atendimento aos utentes.

Carlos Cortes considera ser uma “irresponsabilidade” um “organismo do sector da saúde estar paralisado” por falta de quórum. Tal não tem deixado resolver a “inadmissível falta de médicos”, sublinhou o dirigente recordando as “escalas cheias de buracos no centro de saúde de Oliveira do Hospital e nos centros de saúde de Leiria”.

A secção regional do Centro da Ordem dos Médicos está a compilar documentos onde relata casos como estes e outros denunciados durante os últimos três anos. Espera que aquele órgão da ARSC “solucione os graves problemas pendentes e defenda a qualidade de saúde dos utentes”.

A Ordem dos Médicos salienta a urgência de tomar medidas quanto ao centro de saúde de Fernão Magalhães, em Coimbra. “Funciona num prédio em ruína, sem condições, com salas a cheirar a queimado e com falta de medicamentos”, descreve o médico.

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