PJ fez a maior apreensão de ecstasy dos últimos cinco anos

Os 17 quilos de MDMA dissimulados na bagagem de um passageiro no aeroporto de Lisboa destinavam-se a um festival em Florianópolis, no Brasil.

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Em Portugal nunca tinha sido apreendido ecstasy com o logótipo da Coca-Cola DR
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A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, deteve no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, um rapaz brasileiro que transportava consigo cerca de 17 quilogramas de MDMA (ecstasy), que correspondem a cerca de 40 mil comprimidos.

Trata-se da maior apreensão de ecstasy dos últimos cinco anos em aeroportos nacionais e, segundo a coordenadora da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Judiciária, Rosa Mota, talvez mesmo dos últimos dez. Rectangulares em vez de redondos, e de cor avermelhada, os comprimidos vinham dissimulados no forro de duas malas. Apresentam ainda uma particularidade: cada um deles tem inscrito, numa das faces, uma garrafa de Coca-Cola em alto relevo e na outra o nome do refrigerante. Os fabricantes do MDMA costumam recorrer aos logótipos mais variados para distinguir o seu produto do da concorrência. Tanto podem usar símbolos da Playboy como da BMW, ou simples smileys. Acontece que em Portugal nunca tinha sido apreendido ecstasy com o logótipo da Coca-Cola.

Com 18 anos de idade, o suspeito que os transportava vinha de Amsterdão e dirigia-se para Florianópolis, no Brasil, cidade onde se realiza um festival de música alternativa conhecido por ter circulação de drogas sintéticas, explica Rosa Mota. Chegou na terça-feira e ia dormir uma noite em Lisboa, para seguir viagem no dia seguinte. Mas foi apanhado, graças a uma informação fornecida à Polícia Judiciária — que garante não ter tido, nesta investigação, nenhuma colaboração das suas congéneres estrangeiras. Segundo Rosa Mota, o informador não identificou qual o passageiro que transportaria o MDMA, que irá ser alvo de análises mais detalhadas no Laboratório de Polícia Científica para ser determinado o seu grau de pureza.

A Judiciária não divulgou o valor de mercado da apreensão. O arguido, que não tem cadastro em Portugal, ficou preso preventivamente após um primeiro interrogatório judicial. Já em Fevereiro passado tinham sido apanhados dez quilos de MDMA no aeroporto de Lisboa, também na mala de um passageiro. Tratou-se de uma apreensão feita pela Autoridade Tributária e Aduaneira.

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