Posição de arrastão naufragado na Figueira da Foz não permitiu entrada de mergulhadores

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Um pescador continua desaparecido Sérgio Azenha

A posição do arrastão naufragado na terça-feira à entrada do porto da Figueira da Foz, invertido e cujo casco bate no fundo por acção da ondulação, impossibilitou este domingo a entrada dos mergulhadores na embarcação.

As buscas pelo pescador ainda desaparecido no naufrágio do Olívia Ribau iniciaram-se às 08h45 e terminaram meia hora depois, estando uma nova tentativa marcada para as 15h00, no pico da maré alta.

Em declarações aos jornalistas, o porta-voz da Autoridade Marítima, Nuno Leitão, explicou que o arrastão naufragado mudou de posição e, por acção da ondulação, oscila em direção ao fundo e o casco bate na areia. Esse facto impediu a entrada dos mergulhadores, que acedem ao navio entre a areia e o casco, num espaço com cerca de 1,5 metros.

Nuno Leitão explicou que no mergulho da manhã deste domingo registou-se um pequeno incidente, tendo um dos mergulhadores ficado com a barbatana presa entre o casco e a areia, quando o navio oscilou. As buscas ficaram suspensas por não existirem condições de segurança.

Por outro lado, a Equipa Hidrográfica do Instituto Hidrográfico da Marinha vai proceder a uma nova análise do fundo do rio Mondego com auxílio do sonar lateral - que sábado detectou objectos ainda não identificados submersos no local onde o navio naufragou - dado existirem alguns dados recolhidos "que não são esclarecedores", frisou Nuno Leitão.

No arrastão Olívia Ribau naufragado na terça-feira passada, cerca das 19h15, à entrada do porto da Figueira da Foz, seguiam sete pescadores. Dois foram resgatados vivos no mesmo dia e foi recuperado um corpo. Na quinta-feira, no interior do arrastão, foram encontrados mais dois corpos, e outro na sexta-feira, também dentro da embarcação, faltando encontrar o pescador que permanece desaparecido.

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