ModaLisboa: como criar imagens fortes com cabelos, libélulas e flores

Joalharia vestível candidata ao Instagram e o Milagre de Alexandra Moura num dia de Outono cinzento, o segundo da 45.ª edição do evento.

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Olga Noronha Bruno Lisita
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Valentim Quaresma Bruno Lisita
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Ricardo Andres Bruno Lisita
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Nair Xavier Bruno Lisita
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Saymyname Bruno Lisita
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Miguel Vieira Bruno Lisita
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O poder de um modelo-estátua ou de um modelo em movimento - os designers que se apresentam na 45.ª ModaLisboa (e, na verdade, em qualquer edição deste evento ou em qualquer passerelle) aspiram a criar imagens. E esperam que elas se propaguem. Sábado, com a chuva a molhar Lisboa, a jovem Olga Noronha e o consagrado Valentim Quaresma foram dois versos da medalha, joalharia vestível de imagens fortes candidata ao Instagram. A noite floriria depois com Alexandra Moura e a sua versão doMilagre das Rosas.

Valentim Quaresma, conhecido colaborador da veterana Ana Salazar e com um percurso individual e mercado em Portugal e fora dele, mostrou Habitat na cálida sala de desfiles do Pátio da Galé. Evoluiu naturalmente da joalharia de autor para algum vestuário e o algodão e o neoprene envolveram homens e mulheres que usavam libélulas, lagostas turquesa e coral vermelho. As imagens produzidas são essenciais para o cumprir da função da ModaLisboa, evento prestes a cumprir 25 anos e que, tendo sido um dos primeiros do género na Europa, continua a realizar-se num mercado periférico: divulgar as colecções dos criadores portugueses.

O projecto de Olga Noronha, que se estreou na ModaLisboa em Outubro de 2013, está ligado à sua identidade, seja pelo trabalho de família com próteses médicas ou pela cor dos cabelos que vestiram, literalmente e em parte à sua imagem, as modelos feitas estátuas nos Paços do Concelho. A sua joalharia medicamente prescrita desta vez foi uma instalação

Hair

lucination em que havia saias de madeixas, ponchos entrançados e ténis customizados para a Reebok que estão a leilão online na Rivera Leilões para reverter a favor do Instituto Português de Oncologia. Causas e imagens. Candidata a “desfile” mais instagramado do dia, transformou o espaço numa Atlântida colorida e num espaço de diferença.

Dois desfiles de joalharia num dia com mais sete marcas e que terminaria com a linguagem distintiva de Alexandra Moura, um unissexo por vezes indiferente a estações – estamos no Outono a ver o que será a próxima Primavera/Verão e há casacos e materiais densos, mas também a vontade da designer de que “floresçam mais rosas fora de época”. O seu negro não deixou de aparecer com pele rosa nú gravada com, claro, flores, laços e restos, um motivo costurado de uma meia-elipse a dizer que nestas roupas largas e naquele ventre florido sob tule rosa que encerrou o desfile só são permitidas segundas leituras.

Uma colecção que encerrou um dia que começara com Nair Xavier na plataforma de micromarcas Lab com o masculino em tons terra e ligações a África, seguido do urbano de transparências de Ricardo Andrez (também no Lab). Os jogos de género e geometria de calções de Catarina Sequeira da SayMyName e o Effortless de Ricardo Preto a aproximar-se do monocromático escorreito de mulheres que quis andróginas mas vestiu de azuis e nudes femininos. O dia de desfiles, entre a chuva que molhou a Baixa lisboeta e com os cálidos interiores do Pátio da Galé, contou ainda com as viagens de Christophe Sauvat da Comporta para o mundo e com Mondrian, de Miguel Vieira, que o designer nortenho já tinha apresentado em Milão no final de Setembro. 

O público da ModaLisboa continuou a acorrer ao evento com as vagas habituais: salas cheias à noite, primeiros desfiles menos lotados e muito interesse pela área social onde os vários patrocinadores entretêm os visitantes com brindes e jogos. Até domingo à noite continua aberta ao público a pop-up store Wonder Room e o primeiro desfile do dia, a colecção de Verão de Nuno Gama agendada para as 14h na Marinha, junto à Praça do Município, prevê estar parcialmente acessível ao público - consoante as condições climatéricas.

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