Decorria o Verão de 2013. Luis Suárez tinha tudo acertado para trocar o Liverpool pelo Arsenal, num negócio que iria custar aos cofres dos gunners cerca de 55 milhões de euros. Foi então que Steven Gerrard foi mais do que o capitão dos reds e exerceu o papel de presidente do clube, impedindo que o avançado saísse do emblema de Anfield Road. A relação entre o uruguaio e o técnico Brendan Rodgers não era a melhor, recordou o médio.

“A relação entre Brendan e Luís estava em rota de colisão. Luís queria dar um passo em frente para jogar a Liga dos Campeões e, por influência de algumas pessoas mais próximas dele, fez algumas coisas que talvez não quisesse realmente fazer. Tive de fazer o papel de intermediário entre Luís e Brendan. Consegui que ele regressasse aos treinos, falei com Luís e disse-lhe: “É mesmo no Arsenal que queres jogar? Ou preferes ir para o Real Madrid ou para o Barça? Foi assim a nossa conversa porque sabia que no fundo Luís e a família dele queriam ir para o Barcelona em vez de ser contratado pelo Arsenal. Para mim e para os responsáveis do Liverpool não fazia nenhum sentido que Luis Suárez fosse para o Arsenal. Quando se perde um jogador como ele uma equipa fica mais fraca por isso tive de fazer qualquer coisa para evitar que ele fosse embora e, por sorte, foi o que sucedeu”, rebobinou o jogador dos LA Galaxy, em declarações à BT Sport.

Uma época depois de ter ficado no Liverpool, clube onde marcou 82 golos em 133 jogos, Suárez foi contratado pelo Barcelona numa transferência que terá custado aos blaugrana cerca de 81 milhões de euros.

Na primeira temporada no Barça, o dianteiro de 28 anos apontou 25 golos em 43 partidas oficiais, tendo ajudado o clube a vencer a Liga espanhola, a Taça do Rei e a Liga dos Campeões.