Caso Sócrates: Carlos Santos Silva continua em prisão domiciliária

Já o ex-primeiro-ministro está em prisão preventiva, medida que o juiz deverá reavaliar até 9 de Setembro.

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O empresário Carlos Santos Silva vai continuar em prisão domiciliária com pulseira electrónica no âmbito do processo em que também está em prisão preventiva o ex-primeiro-ministro José Sócrates. A informação sobre a manutenção da medida de coacção relativa ao empresário e amigo de infância do ex-governante foi adiantada em comunicado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na tarde desta sexta-feira. Carlos Santos Silva está indiciado por crimes de fraude fiscal qualificada, corrupção e branqueamento de capitais, os mesmos imputados a Sócrates.

A decisão foi tomada numa altura em que a medida de coacção tinha legalmente de ser revista, o que sucede de três em três meses. De acordo com a PGR, o procurador Rosário Teixeira, do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, propôs a continuação da prisão domiciliária e o juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, “determinou que o referido arguido se mantenha sujeito à obrigação de permanência na habitação mediante vigilância electrónica, bem como à proibição de contactos, designadamente com outros arguidos no processo”.

Carlos Santos Silva chegou a estar em prisão preventiva na cadeia, mas regressou a casa em Maio com pulseira electrónica. Santos Silva que, na tese do Ministério Público, será "testa-de-ferro" de Sócrates relativamente à posse de vários milhões de euros, foi detido a 20 de Novembro, na véspera da detenção do antigo primeiro-ministro. Ambos ficaram presos preventivamente a partir de 24 de Novembro, por suspeitas de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção.

Já José Sócrates continua em prisão preventiva, medida que o juiz deverá reavaliar até 9 de Setembro. A 9 de Junho, Carlos Alexandre decidiu manter Sócrates na cadeia após o Ministério Público ter recuado na proposta de substituir a prisão preventiva pela obrigação de permanência na habitação com vigilância electrónica.

Essa mudança de posição foi justificada pelo procurador Rosário Teixeira pela recusa de José Sócrates em dar o seu consentimento à colocação da pulseira no tornozelo.

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