Pavilhão de Portugal vai acolher Centro Interpretativo do Parque das Nações

Espaço foi entregue em dação ao Estado, por 13 milhões de euros, para regularizar parte da dívida da Parque Expo.

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Espaço tem acolhido exposições e eventos Jonatas Luzia/Arquivo

O Pavilhão de Portugal, em Lisboa, vai acolher o Centro Interpretativo do Parque das Nações, criado para "divulgar e promover" a história da Expo 98 e do projecto de requalificação ambiental e urbana associado ao evento. A inauguração deste equipamento está marcada para esta quinta-feira, às 15h, pelo ministro Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE), Jorge Moreira da Silva.

Segundo fonte do gabinete de comunicação do MAOTE, o centro interpretativo irá ocupar uma das salas do Pavilhão de Portugal com a exposição "A Cidade Imaginada", uma retrospectiva da intervenção realizada para a criação da Expo´98, hoje Parque das Nações.

Organizada pela Parque Expo (empresa pública em liquidação, criada para gerir o projecto da Expo 98), a exposição "A Cidade Imaginada" traça o percurso das intervenções naquela zona oriental de Lisboa, desde a criação do conceito à consolidação do território, passando pelos aspectos arquitetónicos, urbanísticos, ambientais e culturais, de acordo com uma nota do MAOTE.

A mostra apresenta uma selecção do espólio histórico de toda a requalificação da zona ribeirinha feita nos anos que antecederam a abertura da Exposição Mundial, em 1998, subordinada ao tema "Os oceanos: um património para o futuro", com o objectivo de comemorar os 500 anos dos Descobrimentos Portugueses.

Após o encerramento do evento internacional, algumas infra-estruturas e pavilhões construídos para a exposição continuaram a funcionar para o público, nomeadamente o Oceanário, desenhado pelo arquitecto Peter Chermayeff, e a Estação do Oriente, do arquitecto Santiago Calatrava.

O Pavilhão de Portugal, desenhado pelo arquitecto Álvaro Siza Vieira e classificado como Monumento de Interesse Público, tem servido para acolher eventos e exposições. Nesta quarta-feira, a Parque Expo anunciou que entregou aquele espaço em dação ao Estado, juntamente com a Praça Cerimonial, para pagar parte da sua dívida.

Segundo a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a Parque Expo informou que a operação foi feita por quase 13 milhões de euros e que a dação se destina "à regularização parcial da dívida perante o Estado".

Actualmente, o Parque das Nações tem uma população residente de 25 mil habitantes e uma população flutuante de 25 mil trabalhadores contando, anualmente, com a visita de dois milhões de turistas, nacionais e estrangeiros.

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