Lisboa investe 3,2 milhões na acessibilidade e segurança da rede pedonal

Na reunião camarária desta quarta-feira, foi feito um balanço do trabalho já desenvolvido pelo Comissariado de Combate ao Desperdício Alimentar.

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O município vai fazer obras em passadeiras e paragens de autocarro de toda a cidade Pedro Cunha/Arquivo

A Câmara de Lisboa vai investir 3,2 milhões de euros num conjunto de obras que visam melhorar a acessibilidade e a segurança da rede pedonal da cidade, incluindo intervenções em passadeiras e paragens de autocarros. A proposta relativa ao lançamento de um concurso público para esta empreitada foi aprovada por unanimidade.

O vereador dos Direitos Sociais explica que o objectivo é que se façam obras desta natureza “em todas as freguesias” da cidade. Conforme a natureza das vias, as passadeiras poderão ser pintadas ou sobrelevadas, enquanto nas paragens de autocarro o grande objectivo é torná-las acessíveis, sendo privilegiada a intervenção naquelas que são mais utilizadas por cidadãos com mobilidade reduzida.

O investimento a realizar inclui ainda, de acordo com o vereador João Afonso, a concretização de dois projectos vencedores de diferentes edições do Orçamento Participativo: o Mobilidade para todos em Benfica, que prevê o rebaixamento dos passeios da freguesia junto às passadeiras, e o Lisboa Acessível, que visa eliminar as barreiras à acessibilidade entre Entrecampos e o Marquês de Pombal.  

Além da aprovação desta proposta, a reunião camarária desta quarta-feira ficou marcada pela apresentação de um relatório no qual se faz uma síntese do trabalho realizado nos últimos meses pelo Comissariado Municipal de Combate ao Desperdício Alimentar, criado em 2014. Nele dá-se conta da realização de “um vasto e profícuo conjunto de reuniões de trabalho, com as diferentes entidades, com vista a conhecer o trabalho e operacionalizar grande parte das acções programadas, salientando e valorizando a importância de cada um”.

O documento menciona ainda que os primeiros encontros entre parceiros deste comissariado permitiram perceber que existia “algum desconhecimento da câmara relativamente ao trabalho que vinha sendo desenvolvido por algumas entidades”, bem como “desconhecimento de algumas entidades entre si”. No relatório destacam-se a importância de ter sido envolvida neste processo a Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição, “um valioso parceiro”, bem como “o apoio que tem vindo a ser prestado” pela Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica.

O Comissário Municipal de Combate ao Desperdício Alimentar faz um balanço positivo do trabalho já realizado, considerando que se está a assistir a “uma onde de crescimento” nesta matéria. Para isso, nota João Gonçalves Pereira, foi decisivo o facto de as 24 juntas de freguesia de Lisboa se terem envolvido nesta causa, à qual se têm vindo a associar várias outras entidades.

Mas o vereador do CDS reconhece que, apesar de se estar “no bom caminho”, “há muito ainda por fazer” para que Lisboa cumpra “o enorme desafio” de “ser a primeira capital a ter uma rede de combate ao desperdício alimentar com uma cobertura territorial total”. Um objectivo que o comissário sublinha que só poderá ser alcançado com o envolvimento da sociedade civil: “Um projecto destes não se levanta sem ter voluntários”, afirma.

Já o vereador dos Direitos Sociais destaca que a sua ambição é que o Plano Municipal de Combate ao Desperdício Alimentar se concretize “num prazo o mais curto possível”, eventualmente antes de Novembro de 2016, que tinha sido o mês avançado para isso acontecer. Ao todo são 22 as acções propostas nesse plano, em eixos como segurança alimentar, voluntariado, gestão da recolha e distribuição e estruturação da rede.

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