O que diz o Programa Nacional de Vacinação

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Enric Vives-Rubio

O Programa Nacional de Vacinação (PNV) indica as vacinas a tomar e o respectivo calendário de acordo com as recomendações da Direcção-Geral de Saúde (DGS). Actualmente o PNV inclui vacinas contra 12 doenças graves. A maior parte é administrada a crianças até aos 12 meses, algumas são administradas ao longo da infância, e, no caso do tétano e da difteria, são administrados reforços regulares ao longo da vida. Todas as vacinas do PNV são administradas gratuitamente.

Duas vezes por ano, a DGS avalia a taxa de vacinação do país, através da análise da administração de vacinas a certos grupos etários: os indivíduos nascidos no ano da avaliação, e os que têm um ano, dois, sete, 14 e 65 anos. Em 2013, foram administradas 1.776.014 vacinas a estes grupos. Este valor não inclui vacinas administradas fora do calendário recomendado, nem os reforços da vacina contra o tétano e a difteria em adultos.

A vacinação em grande escala iniciou-se em Portugal em 1960 e o PNV começou oficialmente em Outubro de 1965 com vacinas contra seis doenças e com uma campanha de vacinação contra a poliomielite. Desde o início do PNV já foram vacinadas mais de dez milhões de pessoas em Portugal.

O PNV tem sofrido modificações e é alvo de avaliações e revisões periódicas, que já levou a adicionar várias vacinas, alterar o número de reforços e trocar o tipo de vacinas usadas. Como explica Manuel do Carmo Gomes, epidemiologista e membro da Comissão Técnica de Vacinação da DGS, "para uma vacina ser incluída no PNV, tem de obedecer a certos critérios: ser comprovada a sua eficácia e segurança e existir evidência considerada suficiente de uma relação custo-benefício favorável”.
Texto editado por Lurdes Ferreira

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