Costa condena declarações de Passos Coelho sobre tratamento da hepatite C

Secretário-geral do PS congratula-se com acordo para aquisição de medicamentos para a hepatite C mas lamenta demora.

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António Costa diz que os políticos não podem pretender substituir os médicos Nuno Ferreira Santos

O secretário-geral do PS congratulou-se com o acordo alcançado pelo Governo para a aquisição de medicamentos inovadores para a hepatite C, mas lamentou os “momentos dramáticos” criados pelo facto de não se ter resolvido “em mais de um ano” aquilo que agora se conseguiu “em 24 horas”.

Em declarações aos jornalistas, António Costa defendeu que os médicos são “a única entidade” com capacidade para “avaliar a necessidade, adequação e pertinência” de um determinado tratamento. “Não podemos viver numa sociedade de tal forma desumanizada onde o valor da vida seja reduzido à fixação de uma norma orçamental”, afirmou, acrescentando que “numa sociedade decente os políticos não podem querer substituir os clínicos”.  

António Costa foi particularmente crítico do primeiro-ministro, que defendeu na quarta-feira que os Estados devem “fazer tudo o que está ao seu alcance para salvar vidas humanas” mas não a qualquer preço, “custe o que custar”. As declarações de Passos Coelho, acusou o secretário-geral do PS, “são um bom exemplo de declarações que não devem ser feitas”.

Em questões como esta, acrescentou o também presidente da Câmara de Lisboa, “toda a demagogia é absolutamente repugnante”.

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