Bárcenas sai da prisão e tenta acalmar o PP

Após de 19 meses na prisão, o ex-tesoureiro do partido espanhol pagou uma fiança de 200 mil euros.

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Bárcenas depois de sair da prisão Sergio Perez / Reuters

O ex-tesoureiro do Partido Popular espanhol Luis Bárcenas foi libertado nesta quinta-feira, depois de pagar uma fiança de 200 mil euros. À saída, o antigo dirigente garantiu que “o PP não tem nada a temer”.

Ao fim de 19 meses, Luis Bárcenas saiu da prisão de Soto del Real, em Madrid, onde esteve por suspeita dos crimes de corrupção e financiamento ilegal enquanto tinha funções no partido conservador. Passava pouco das 20h30 (menos uma em Portugal continental) quando o ex-tesoureiro foi autorizado a abandonar o estabelecimento prisional.

As primeiras palavras de Bárcenas foram dirigidas ao seu partido. “O PP não tem nada a temer de mim. Acho que é o partido que deve governar Espanha, outra coisa é que eu tenha discrepâncias, mas as responsabilidades temos que as assumir todos”, disse ainda, citado pelo El País.

À sua espera estava a sua família que nos últimos meses se mobilizou para juntar os 200 mil euros necessários para pagar a fiança de Bárcenas. A partir de agora, o antigo responsável pelas finanças dos conservadores terá de se apresentar na procuradoria junto do juiz Pablo Ruz três vezes por semana, para além de ter visto o seu passaporte confiscado e estar impedido de sair de Espanha.

A Secção de Anticorrupção da Procuradoria pede 42 anos de prisão para Bárcenas, que acusa de ter ocultado em contas na Suíça uma fortuna no valor de 48,2 milhões de euros. A investigação que implicou Bárcenas abrange uma série de personalidades ligadas ao PP no chamado caso Gürtel.

O Partido Popular, actualmente no poder, tem tentado descolar-se das suspeitas de que durante vários anos tenha existido um financiamento paralelo no interior do partido, pelo qual Bárcenas seria o grande responsável. “Esta pessoa já não está há muito tempo no PP”, disse recentemente o primeiro-ministro espanhol e líder dos conservadores, Mariano Rajoy.

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