Os amigos de Tignous desenharam no seu caixão

John Kerry chegou a França para "dar um grande abraço a Paris".

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O funeral de Tignous no Père-Lachaise, nos arredores de Paris Gonzalo Fuentes/Reuters

Foram muito emotivos, mas privados, os funerais dos jornalistas, cartonistas e colaboradores do Charlie Hebdo. Nesta quinta-feira, foram sepultados na cidade de Paris e nos seus arredores Bernard Verlhac (Tignous; o caixão de pinho cheio de desenhos dos amigos), George Wolinski, Elsa Cayat (colunista), Bernard Maris (colunista) e Franck Brinsolaro, o tenente da polícia que protegia o director do semanário, Stephane Charbonier.

No total, morreram no ataque de 7 de Janeiro contra o jornal satírico 12 pessoas. Alguns deles foram sepultadas na quarta-feira: Michel Renaud, fundador do festival Rendezvous Travel Book, que estava de visita à redacção do Charlie, e Jean Cabut (Cabu, sepultado em Chalons-en-Champagne). Na sexta-feira realiza-se o funeral de Charbonnier (Charb), em Bernay.

A Paris chegou, nesta quinta-feira, o secretário de Estado americano, John Kerry, que antes de partir declarou que ia "dar um abraço" à cidade.

O Presidente dos EUA, Barack Obama, foi criticado por não ter enviado um representante do mais alto nível à marcha de domingo passado contra o terrorismo e pela liberdade de expressão, que reuniu em Paris dezenas de líderes mundiais — o embaixador em Paris representou a Administração de Washington, que reconheceu, depois, que devia ter enviado um membro do governo.

"A minha visita a França serve basicamente para dar um grande abraço a Paris e para expressar a afeição dos americanos pela França e pelos amigos que ali temos, e que passaram por um momento terrível", disse Kerry que tinha um encontro marcado com o Presidente François Hollande.

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