Instituto Camões promete pagar salários em atraso

Jorge Veludo, secretário-geral do STCDE, afirmou, no entanto, à Lusa que até à data ainda não tinha conhecimento de qualquer diligência do Ministério dos Negócios Estrangeiros para regularizar o pagamento dos salários, sublinhando que a greve se mantém se não houver contactos da parte de responsáveis do Ministério dos Negócios Estrangeiros ou do Instituto Camões nesse sentido. "Mesmo admitindo que os salários em atraso sejam pagos até quarta-feira, ficam por resolver questões estruturais, designadamente a criação do estatuto profissional dos trabalhadores, e a actualização dos salários que este ano não foi feita", acrescentou Jorge Veludo.

Se a situação se mantiver após a paralização, o mesmo responsável considera a hipótese de avançar com outra greve no próximo dia 23 e de enviar queixas ao Provedor de Justiça e à Presidência da República.

Além dos trabalhadores não docentes dos centros culturais do Instituto Camões, também os leitores de português e assistentes que aí trabalham têm vindo a protestar contra a situação precária de trabalho em que se encontram. Na semana passada, o Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup), que representa estes trabalhadores, promoveu um encontro de leitores, com o objectivo de reflectir sobre problemas relativos à sua situação laboral e à falta de um estatuto profissional. Na altura, Maria José Stock, presidente do Instituto Camões, manifestou empenho na criação de um estatuto do leitor o mais breve possível.