Gays mais perto de poder dar sangue nos EUA desde que não tenham sexo há um ano

Autoridade de saúde vai propor fim da proibição total em vigor mas com restrições. Alteração pode acontecer em 2015.

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Proposta da FDA poderá entrar em vigor no próximo ano Tom Kurtz/AFP

Os Estados Unidos deverão começar a permitir que homens homossexuais sejam dadores de sangue, desde que após um período de abstinência de um ano. Esta é a proposta da FDA (Food and Drug Administration), entidade responsável pelo dossier. Está longe do levantamento total da proibição que muitos grupos defendiam, mas acabará com uma interdição que existe há 31 anos.

“A FDA vai tomar as medidas necessárias para recomendar uma alteração à proibição actual a homens que tenham relações sexuais com outros homens de dar sangue, se a sua última relação tiver sido há um ano”, disse a directora da FDA, Margaret Hamburg.

A proibição tem como razão o medo do VIH e da sida, e foi imposta numa altura em que se sabia pouco sobre o vírus e que as relações entre homens era um dos principais meios de transmissão, o que já não é hoje verdade.

A FDA toma esta decisão após anos de análise de dados científicos disponíveis, e a mudança poderá entrar em vigor em 2015. A maioria dos centros de recolha de sangue nos EUA faz análises do VIH.

Vários países, como a Austrália, Canadá, Reino Unido, Finlândia, Hungria, Suécia, Japão ou Uruguai, permitem a doação de sangue por homens homossexuais após um período de abstinência. Portugal está entre os países que autorizam as doações de homens homossexuais sem restrições, junto com Espanha, Itália, Polónia, Rússia ou México, diz o diário El País.

Já países como a Alemanha, Áustria, Brasil, China ou Israel proíbem as doações de homens que tenham tido relações sexuais com outros homens. Alguns países da União Europeia mantêm a proibição, apesar de o Tribunal de Justiça da UE ter decidido em Julho que esta é uma violação da lei comunitária.

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