Combate contra a corrupção na China chega ao Mahjong

Jornal oficial chinês apela à luta contra as apostas no milenar jogo de tabuleiro.

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“É preciso lutar firmemente. O fenómeno de dirigentes comunistas irem para retiros rurais para se divertirem, jogarem Mahjong e póquer, tem de acabar", escreveu o jornal Diário do Povo, referindo-se à prática generalizada de fazer apostas com dinheiro durante os jogos, em que o objectivo é encontrar pares das várias peças.

O Mahjong faz parte de uma lista cada vez mais longa de “derivas” que são alvo da campanha anticorrupção lançada há cerca de dois anos pelo Presidente Xi Jinping. No âmbito desta campanha, foram já afastados e sujeitos a julgamentos muito mediatizados responsáveis políticos importantes. O objectivo é melhorar a imagem do Partido Comunista Chinês, quando há uma grande desconfiança e mesmo revolta contra a corrupção endémica entre as autoridades.

O mesmo artigo apela a pôr fim, “de forma resoluta”, aos “gastos de dinheiros públicos com visitas a locais históricos [feitas por responsáveis governamentais] sob pretexto de que estão a efectuar ‘visitas de estudo’”, diz a AFP. Na segunda-feira, o Governo chinês anunciou que vai proibir a existência de clubes privados em edifícios históricos e parques, habitualmente frequentados por dirigentes políticos.

A campanha contra a corrupção tem sido apontada como causa para a queda na venda de artigos de luxo, atingindo também hotéis e restaurante caros.

 

 

 

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