Portugal envia fatos e medicamentos para Moçambique e Guiné-Bissau para prevenção do ébola

O ministro da Saúde adiantou que no Conselho de Ministros se abordou o tema do ébola, mas para já, em relação aos portugueses emigrantes, a aposta passa pela prevenção e informação junto de algumas embaixadas.

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Metade dos casos de ébola registados até agora foram fatais SEYLLOU/AFP

O Governo português vai enviar, “dentro de horas”, dez toneladas de medicamentos para a Guiné-Bissau. E para Moçambique seguem 20 fatos de protecção que os profissionais de saúde devem usar se estiverem em contacto com alguém infectado com o vírus do ébola.

A informação foi adiantada nesta quinta-feira pelo director-geral de Saúde, Francisco George. São medidas tomadas numa fase de prevenção, uma vez que nenhum destes países tem ainda qualquer caso de infecção.

"Esta aquisição foi feita no quadro do dispositivo de coordenação que inclui o INEM, a Direcção-Geral de Saúde, os hospitais e neste caso concreto o Ministério dos Negócios Estrangeiros, uma vez que os equipamentos seguem por mala diplomática", disse Francisco George.

Os equipamentos que seguem para Moçambique são os fatos de protecção especial, incluindo viseiras e botas, que devem ser usados pelos profissionais de saúde para evitar o contágio. Cada equipamento pesa quatro quilos.

Os medicamentos que serão enviados para a Guiné-Bissau “estão a ser recolhidos pelo Infarmed e seguirão 10 toneladas nas próximas horas”, segundo Francisco George,

Cabo Verde pediu apenas “apoio no sentido do acesso às orientações e protocolos acordados em Portugal”, isto é, “orientação técnica” para lidar com a situação.

Foram as autoridades de Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde que pediram ajuda e, por isso, foram accionados os “mecanismos de cooperação pró-activa”, no âmbito da prevenção e do controlo da epidemia do ébola, explicou o director-geral da Saúde.

Também esta manhã, e no final de uma simulação de chegada de um doente com ébola que decorreu no aeródromo de Cascais, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, adiantou que no Conselho de Ministros se falou sobre o tema do ébola, mas para já, em relação aos portugueses emigrantes, a aposta passa sobretudo pela prevenção e informação junto de algumas embaixadas.

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