Hand in glove: a capa de Jim French
Podia ser um The Smiths for Dummies — não se desse o caso de todos, incluindo os conhecedores da obra de Morrissey, Johnny Marr e companhia (principalmente esses, diríamos), encontrarem motivos para o apreciar. O quê? Um site interactivo que permite viajar pela história, pelas canções, pelos álbuns e pelas capas (todas icónicas) da banda de How soon is now?
Alojado em www.officialsmiths.co.uk e organizado como tabela cronológica, tem início no sítio certo. Ou seja, no ano de nascimento da banda, em 1982 — primeiro concerto em Outubro, no The Ritz de Manchester, e lá encontramos, disponível para audição, The hand that rocks the cradle, uma das canções interpretadas. Chegamos a Março do ano seguinte e eis a primeira passagem por Londres (23 de Março, no Rock Garden), dois meses antes da edição, em Maio, do single de estreia,Hand in glove: o nu masculino retratado pelo fotógrafo Jim French na capa, um excerto da letra (“Hand in glove/ We can go wherever we please/ And everything depends upon/ How near you stand to me”) e a canção ela mesma para recordar o arranque da história discográfica.
Sucedem-se, num design simples e de navegação intuitiva, os singles e os álbuns, as canções, as posições nas tabelas e as citações (Daryl Easlea em 2007, acerca do homónimo álbum de estreia: “Este disco definiu a pop britânica do Norte de uma forma não dissimilar à dos Beatles duas décadas antes”). Avançamos por Heaven knows I’m miserable now, lemos Johnny Marr a destacar How soon is now? como a canção dos Smiths mais amada pelo público, vemos a frase Meat is Murder, inscrita no capacete de um soldado americano de 1967, que deu título ao segundo álbum (“Make war not love”, lia-se na foto original, informam-nos) e acabamos por chegar a 1986 e ao último concerto, na Brixton Academy, e ao Setembro de 1987 em que o fim da banda foi anunciado.
Quem já sabia a história aproveitou para reviver tudo, quem não a conhecia descobriu um manual de iniciação rápida que não é para dummies. Ganham todos.
