Assembleia-geral para definir estrutura directiva dos Bombeiros de Monção

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O diferendo entre o comando e a estrutura directiva acontece na segunda fase mais crítica no combate aos incêndios florestais Ana Banha/arquivo

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Monção reúne-se nesta sexta-feira em assembleia-geral para tentar ultrapassar a crise directiva na instituição. A reunião foi convocada pelo presidente da assembleia-geral da Associação Humanitária depois de, no início do mês, a direcção se ter demitido em bloco, alegando um diferendo com o comando.

O comandante da corporação espera que, da reunião, “resulte alguma decisão em benefício dos bombeiros e da corporação, para que se acabem todos os problemas”. José Passos afirma que “para já, não há nada em contrário. A reunião está marcada para as 21:30, no salão nobre dos Bombeiros”.

O comandante afirmou que os 24 bombeiros assalariados da corporação continuam, desde Março, com salários em atraso. No entanto, a greve a “qualquer serviço de socorro”, iniciada no passado dia 13, foi suspensa dois dias depois e “desde aí que temos vindo a fazer o nosso trabalho normalmente”, afiança o comandante.

O pagamento de salários em atraso é um dos motivos de diferendo entre comando e direcção e Augusto Domingues, presidente da Câmara de Monção, tentou, na semana passada, garantir o pagamento junto da estrutura demissionário mas sem sucesso. Até ao momento não foi possível falar com Jorge Almeida.

O autarca adiantou que “nada mais poder fazer” para ultrapassar a situação, “por se tratar de uma instituição que tem autonomia”. A expectativa do socialista é que desta reunião saia “uma comissão administrativa para gerir a corporação até à realização de eleições” depois de, em reunião com a Câmara e o comandante do Operacional Distrital de Operações de Socorro (CODIS) de Viana do Castelo, o presidente demissionário da corporação se comprometer a permanecer em funções até hoje.

A direcção, agora demissionária, foi eleita em Junho de 2012, após quatro tentativas falhadas por ausência de listas candidatas, devido às dificuldades financeiras que a corporação atravessa. A dívida aos fornecedores ascendia aos 280 mil euros, no início de 2012, mas foi, no entretanto, reduzida para 100 mil euros.

No ato eleitoral de 2012 apenas uma lista foi a votos e, num sufrágio com cerca de 50 associados, Jorge Almeida foi eleito. Os problemas directivos na Associação Humanitária de Monção decorrem na altura em que a Fase Bravo, segunda fase mais crítica de combate aos incêndios florestais, está iniciada desde dia 15.

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