Autarcas contra fecho de cerca de 30 escolas no distrito de Évora

Também a Câmara de Évora (CDU) aprovou, por unanimidade, na sua reunião mais recente, uma proposta de parecer onde manifesta a sua "oposição ao encerramento de escolas do ensino básico com menos de 21 alunos nas freguesias rurais".

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Os professores do 1.º ciclo passarão a dar mais uma hora de aulas por dia Enric Vives-Rubio

A presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC) manifestou-se, esta terça-feira, contra o previsto encerramento de cerca de 30 escolas básicas do distrito de Évora, no próximo ano lectivo, considerando que a medida "penaliza as populações".

Também presidente da Câmara de Montemor-o-Novo, Hortênsia Menino (CDU) afirmou que “tendo em conta as posições já manifestadas pelos municípios, a CIMAC está contra o encerramento de escolas", porque "é mais uma medida que penaliza as populações”.

A autarca falava à Lusa a propósito de uma reunião dos serviços regionais da Direcção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) com a CIMAC e os 14 municípios do distrito.

Hortênsia Menino indicou que os autarcas foram informados de uma listagem de cerca de 30 escolas do primeiro ciclo do distrito para possível encerramento, referindo que o critério apresentado foi o facto de estes estabelecimentos escolares terem menos de 21 alunos. "Fomos também informados que, a seguir, seriam feitas reuniões individuais com cada um dos municípios para ser prestada mais informação sobre o processo de encerramento de escolas", realçou.

Para a presidente da CIMAC, o encerramento de escolas "é mais uma medida que penaliza as populações", que são já "bastante penalizadas com a extinção de freguesias, redução do funcionamento dos serviços de saúde, encerramento de tribunais e de serviços de finanças".

Também a Câmara de Évora (CDU) aprovou, por unanimidade, na sua reunião mais recente, uma proposta de parecer onde manifesta a sua "oposição ao encerramento de escolas do ensino básico com menos de 21 alunos nas freguesias rurais".

No documento, o município manifestou "a sua preocupação pelo impacto social que este encerramento de escolas terá nos alunos, famílias e freguesias rurais" e apelou ao Governo para que "reconsidere e anule a decisão".

Segundo a Câmara de Évora, o Governo pretende fechar, no concelho, as escolas de Boa-Fé, Graça do Divor, Nossa Senhora de Machede, Torre de Coelheiros, S. Miguel de Machede, S. Sebastião da Giesteira e Vendinha. 

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