Chefe do Exército assume as fileiras como prioridade

General Carlos Jerónimo alerta para necessidade do poder político recuperar programas de reequipamento militar quando a situação financeira do país o permitir.

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O Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Carlos Jerónimo, demonstrou esta terça-feira perante os deputados as suas preocupações com as "pessoas" que lidera e a "componente operacional", que deve ser reforçada "quando a situação do país melhorar".

Falando  no final de uma reunião de mais de duas horas na Comissão de Defesa Nacional, à porta fechada, o CEME reconheceu que manifestou perante os deputados das preocupações que tem sobre o Exército. Nomeadamente em relação à reforma das três brigadas que compõem o corpo do ramo e sobre a evolução do número de efectivos.

Esta foi a primeira audição parlamentar de Carlos Jerónimo depois de ter sido nomeado CEME. Sobre as pessoas, "principal activo" do Exército, Carlos Jerónimo sublinhou ser importante não serem esquecidos "os militares que passaram pelas fileiras do Exército e deram o seu contributo à pátria". "Como tratamos os mais velhos representa aquilo como gostaremos que venhamos a ser tratados no futuro", advertiu o CEME.

No que refere à componente operacional, o responsável reconheceu que os orçamentos não são os desejáveis devido ao momento de crise no país, mas "tem sido possível responder às solicitações que são feitas". "Há programas e equipamentos que, quando a situação do país melhorar, têm de ser equacionados para o futuro para colmatar capacidades que não estão completas ou outras que estão em falta", realçou contudo o CEME.

Sobre as três brigadas, o general manifestou aos deputados a sua convicção de que, de acordo com o nível de ambição definido, estas eram suficientes.

Já em Fevereiro, quando tomou posse, o general Carlos Jerónimo havia afirmado a intenção de dar prioridade às pessoas no seu mandato como CEME, considerando que são o "activo mais valioso" da instituição militar e que as dificuldades devem ser ultrapassadas com serenidade. 

Carlos Jerónimo assumiu a chefia do Exército na sequência da vaga deixada em aberto após a saída do general Pina Monteiro, que foi nomeado Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.

 

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