José Mourinho afirmou, no domingo, que o Chelsea não tem hipóteses de ganhar a Premier League, apesar de estar apenas a dois pontos do Liverpool, actual primeiro classificado.

“Não estamos lá. Os campeões vão ser Liverpool ou [Manchester] City. Não temos nada para celebrar”, afirmou. O treinador do Chelsea declarou ainda que o jogo do fim-de-semana – os londrinos venceram os reds por 2-0, graças aos golos de Demba Ba (45’+3’) e William (90’+3’) - foi importante para adquirir os três pontos, embora precise de mais um para assegurar o terceiro lugar na Liga inglesa.

O terceiro lugar assegura aos actuais semi-finalistas da Champions League, cujos dois últimos jogos da Liga são contra o Norwich City, em casa, e frente ao Cardiff, fora, o apuramento directo para a Liga dos Campeões na próxima temporada.

A perda do jogo iria acabar com as esperanças do Chelsea em ganhar o título que conquistou em 2010, mas os golos marcados no final de cada uma das partes do jogo garantiu-lhe a possibilidade de se manter na luta pelo título, apesar da relutância de José Mourinho em admiti-lo.

“Agora podemos dizer que ganhámos os dois jogos contra os campeões”, afirmou Mourinho, que venceu o Liverpool e o Manchester City duas vezes este ano. “A equipa que mais mereceu ganhou. É óbvio que muitas pessoas estariam à espera de que chegássemos aqui e perdêssemos por três, quatro ou cinco a zero, como outros clubes. Muitas foram as pessoas que achavam impossível ter este resultado”, acrescentou.

O treinador português, que ganhou 16 em 18 pontos possíveis contra os quatro primeiros clubes da Liga inglesa desta temporada, discordou ainda da ideia de que teria usado tácticas defensivas. “Estou um pouco confuso com o que os media pensam sobre tácticas defensivas”, afirmou Mourinho. “Quando uma equipa defende bem, pode-se chamar de tácticas defensivas. Quando defende mal e concede dois ou três golos, não consideram uma táctica defensiva e algumas vezes acaba por ser. A minha equipa fez um jogo brilhante, cada jogador foi magnificente. Sem enganos”, concluiu.

Texto editado por Jorge Miguel Matias