Papa é muito popular no Twitter e bate Merkel e Putin nos media

Francisco tem tido mais menções na comunicação social e mais tweets sobre o seu Pontificado do que Bento XVI.

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Alessandro Bianchi/Reuters

O Papa Francisco prepara-se para celebrar o primeiro ano à frente da Igreja Católica e o balanço que é feito do seu trabalho no Twitter é maioritariamente positivo. Com cerca de 3,75 milhões de seguidores da sua conta @Pontifex, o Papa ultrapassou o seu antecessor Bento XVI na percentagem de tweets favoráveis. Francisco está ainda entre as personalidades cujo nome foi mais mencionado na comunicação social. Aqui, bate nomes como Angela Merkel e Vladimir Putin.

Entre Março de 2013 e Janeiro de 2014, foram publicados oito milhões de tweets sobre Francisco, conclui um estudo do Pew Research Center. Cerca de 85% dos tweets tinham um “tom neutro”, que o instituto explica, por exemplo, com a partilha pelos utilizadores de excertos de notícias ou de outro tipo de informações sobre o Papa. Entre as conversações que tiveram de facto uma posição assumida, 84% foram favoráveis a Francisco e as restantes 16% foram negativas.

Neste contexto, Francisco ultrapassa Bento XVI, que renunciou ao cargo em Fevereiro de 2013. No último ano de Pontificado, Bento XVI foi referido em cinco milhões de tweets, sendo que 70% foram negativos e 30% positivos.

Ainda durante o primeiro ano em funções, o Papa teve uma ampla cobertura em 25 dos sites noticiosos mais visitados, como o da BBC, CNN ou The New York Times. Segundo uma análise do Pew Research Center desses sites, Francisco foi mencionado 47.738 vezes, menos que Barack Obama (203.413), Nelson Mandela (127.972), que morreu em Dezembro, e Bashar al-Assad (88.417), mas mais do que a ex-secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton (37.069), o Presidente russo, Vladimir Putin (33.025), ou a chanceler alemã Angela Merkel (14.254).

Francisco consegue também aqui melhores resultados do que Bento XVI, cujo nome foi mencionado pela comunicação social em média 18.317 vezes por ano, cerca de 38% dos resultados recolhidos para o actual Papa. Por exemplo, em Julho do ano passado, Francisco foi mencionado por jornalistas 14 mil vezes, cerca de duas vezes mais de quando foi anunciado como o novo Papa, depois de ter afirmado “Se uma pessoa é gay e procura o Senhor, quem sou eu para a julgar?”.

A visibilidade de Francisco nos media foi igualmente superior ao de outros líderes religiosos, como o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, na altura da morte de Mandela, ou o Dalai Lama.

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