Partidos no poder vão retirar candidatura da Islândia à União Europeia

Partidos do centro e de direita acertaram intenção de não avançar com pedido de integração.

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A Islândia vai abandonar a intenção de aderir à União Europeia e fazer o referendo que tinha sido prometido pelos dois partidos eurocépticos que integram o Governo, anunciou o executivo, nesta sexta-feira.

O centrista Partido do Progresso e o Partido da Independência, de direita, ambos no poder, concordaram que nos próximos dias irão apresentar ao parlamento um projecto de lei que solicita ao Governo "que retire a candidatura à União Europeia", apresentada em 2010.

"Esta proposta vai ser da minha responsabilidade. O ministro dos Negócios Estrangeiros da altura apresentou a intenção de candidatura, pelo que é natural que seja eu a apresentar a proposta para a retirar", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Gunnar Bragi Sveinsson, à televisão pública RUV.

A decisão era previsível, depois de o Governo catual ter suspendido as negociações de adesão indefinidamente, em Setembro, no seguimento de uma promessa eleitoral nas eleições de 2013.

Porém, os dois membros da coligação também tinham prometido em Maio que iriam realizar um referendo, que segundo as sondagens terminaria com a vitória do não.

"Outra candidatura não vai ser feita sem se realizar primeiro um referendo para decidir se o povo islandês quer aderir à União Europeia", consagrou-se na proposta legislativa.

O principal obstáculo à adesão da Islândia seria a sua indústria de pesca, uma questão que nunca foi discutida entre as partes.     

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